O que são as fintechs e como elas estão transformando o setor financeiro

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O nome fintech é a junção de duas palavras em inglês: financial technology, ou seja, tecnologia financeira. Regulamentadas pelo Banco Central desde 2018, elas são empresas de soluções e produtos financeiros que têm a tecnologia como base para o modelo de negócio e para se propagarem. As fintechs oferecem soluções de cartão, crédito, contabilidade, rh techs, dentre outras.

A primeira empresa financeira neste formato surgiu em 1998 e continua na ativa. Somente em 2021, ela processou 19.3 bilhões de pagamentos. A empresa em questão é o PayPal, Instituição de Pagamento (IP) com abrangência internacional.

gráfico de crescimento PayPay desde 2012 até 2021
Volume de pagamentos processados pelo PicPay entre 2021 e 2021, segundo Statista

Com a primeira solução no mercado, novas outras surgem. Nisso, o Brasil tem destaque com as fintechs e também demais soluções financeiras tecnológicas, como formas de pagamento.

O Nubank é uma Instituição de Pagamento conhecida pelo cartão de crédito e sua conta digital, embora também possua outros serviços financeiros como poupança, investimentos e afins.

O crescimento da financeira expandiu, saindo do cenário brasileiro para alçar vôos no mercado internacional, chegando no México e EUA. 

O mercado internacional viu potencial também em outra solução brasileira ainda recente, o PIX. O método de pagamento instantâneo teve boa aceitação no país e também serve de espelho para uma versão similar internacional, o projeto Nexus.

As fintechs brasileiras estão em constante ascensão. Até 2022 haviam 1.289 fintechs, sendo que 79% delas se concentram na região Sudeste. As que oferecem soluções de crédito são a maioria entre as demais subcategorias de fintechs, assunto para os próximos tópicos.

gráfico volume de fintechs existentes por categoria até 2022
Crédito e Meio de Pagamento são as categorias com mais fintechs, totalizando 31,9% dessas empresas financeiras, segundo pesquisa Fintech Report 2022

Diferença startup e fintech

Começando pelas semelhanças, as startups e fintechs são empresas de bases tecnológicas, cujos produtos e serviços são determinados pelos meios digitais. Ambas buscam oferecer soluções inovadoras que sejam disruptivas ao meio tradicional. Além disso, também buscam por formatos que sejam facilmente replicáveis e escaláveis, o que aumenta as chances de expansão ordenada e estratégica.

Com isso, podemos afirmar que uma fintech é uma startup. O que as difere, portanto, é que existem diversos segmentos de startups, enquanto que fintechs são exclusivamente do ramo financeiro.

Diferença entre fintech e banco tradicional

Uma das principais características a ser destacada são as agências. Os bancos tradicionais possuem diversas agências espalhadas pelo território; enquanto que as fintechs, especificamente do ramo de serviços digitais (bancos e contas digitais, e carteiras), não possuem espaços físicos para interações com os clientes.

Se tratando de Brasil, os bancos digitais fazem parcerias com outros bancos para que os clientes possam realizar saques em caixas das parcerias. Anteriormente aos regulamentos do Banco Central, as fintechs precisavam do apoio de bancos para suas operações.

Diferença entre fintech e banco digital

Todo banco digital é uma fintech, porém nem toda fintech é um banco digital. Existem 14 categorias de fintechs que vão de serviços a produtos financeiros, portanto, banco digital é apenas um dos tipos de fintech.

Importância das fintechs

As fintechs geram impactos positivos em diversos setores, desde a vida particular quanto impactos socioeconômicos. Por isso, não apenas a visão de mercado acerca do tema deve ser levado em consideração por ser ainda mais amplo:

Desburocratização e acessibilidade

O argumento de poder fazer tudo dentro de casa, como realizar pagamentos e transferências bancárias, foram motivos para a popularização das fintechs.

As fintechs reduziram as burocracias vistas nos serviços financeiros prestados pelas instituições tradicionais. A praticidade através dos aplicativos móveis levou 90% dos brasileiros acessarem bancos através do celular, segundo a Comscore.

As camadas mais populares também se beneficiam disso uma vez que o acesso aos serviços financeiros contribuir com a redução da desigualdade de renda e oportunidades e, consequentemente, desenvolvimento econômico do país.

gráfico de brasileiros bancarizados
A facilidade de uso que os dispositivos móveis proporcionam contribuiu para o volume de brasileiros com acesso aos serviços e produtos digitais

Experiência do usuário

Uma das atividades mais desprazerosas é tomar um chá de cadeira numa agência bancária, hoje não mais necessária ao usarmos contas ou bancos digitais.

Nesse sentido, a facilidade de acesso ofertada pelas fintechs promove qualidade de vida para os clientes. Dessa forma, houve uma mudança na rotina e a forma de se relacionar com temas financeiros em função das fintechs.

Outro ponto favorável à experiência dos usuários é a agilidade nas contratações de serviços e a segurança dos usuários. Contudo, ainda é necessária a revisão dos métodos de segurança parte das fintechs para aprimorar o processo, como a “Nubank fez com o seu Modo Rua”.

Isso sem mencionar a autonomia que os usuários ganham ao conseguirem explorar as plataformas das fintechs de forma intuitiva e conforme seus interesses.

Baixo custo

Considerando que existem custos relacionados à manutenção de agências e demais fatores operacionais relacionados, as fintechs dispensam esses gastos ao não terem agências. Com isso, os produtos e serviços oferecidos podem ser ofertados com preços mais acessíveis.

Este é um fator, inclusive, que fomenta competitividade entre as fintechs. Dessa forma, para superar a concorrência, os valores das empresas devem ser mais atraentes aos olhares dos clientes.

Empregabilidade

Com o crescimento das empresas financeiras tecnológicas, novas vagas de emprego são criadas: são mais de 100 mil empregos gerados por fintechs, segundo pesquisa Fintech Report 2022 do Distrito. O estudo também revela que as empresas de meios de pagamento, serviços digitais, crédito e backoffice são as maiores empregadoras.

Mais do que gerar novas oportunidades, as fintechs também contribuem para o cenário de transformação digital e as novas tendências de carreira. Afinal, trabalhar-se com tecnologia requer habilidades que são novas e em constante ascensão, como o caso de data science e data analytics.

gráfico de funcionários por categoria de fintech
53,2% dos empregados de fintechs são das áreas de pagamento e serviços digitais segundo pesquisa Fintech Report 2022

Fintechs são confiáveis?

As atividades das fintechs são regulamentadas pelo Banco Central do Brasil, por isso, elas são confiáveis. No site do Bacen é possível consultar as fintechs regulares.

A missão do Bacen é “garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade.”

Inicialmente, as fintechs precisavam estabelecer parcerias com instituições tradicionais para processarem suas transações financeiras. Este era o formato para tornar as fintechs seguras e operáveis à época.

Chegado 2018, o Banco Central mudou a realidade dessas empresas tecnológicas ao instituir a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (PEP) através da resolução nº 4.656/2018. A partir de ambas sociedades foi possível as fintechs funcionarem de forma independente.

Outra resolução relevante para essas empresas foi a de nº4.657/2018, que ampliou o leque de ofertas e serviços dessas empresas pudessem oferecer sem que precisassem da interferência de outros bancos.

Tipos de fintech

Até mesmo soluções RHTech como benefícios flexíveis se enquadram como fintech. Afinal, as soluções presentes no país são uma combinação de cartão de crédito com uso de aplicativos. Logo, há uma infinidade de possibilidades financeiras tecnológicas existentes e que ainda podem vir a surgir.

Até então, há um total de 14 categorias de fintechs existentes. Elas ainda se destrincham em subcategorias:

14 categorias de fintechs
As 14 categorias de fintechs e suas respectivas subcategorias

Dívidas

Essas startups trabalham com a negociação de dívidas e funcionam através de plataformas e sistemas de negociação, auxiliando na conciliação e parcelamento das dívidas.

As empresas QuiteJá e Meu Acerto são exemplos.

Câmbio

Tais empresas oferecem serviços de facilitação de fluxo entre diferentes moedas e países, sendo responsáveis por converter moedas. No caso da Remessa Online, a solução da empresa é ser uma intermediária entre ambas as pontas, ficando a cargo de receber o valor e transferir convertido para o destinatário final.

Por outro lado, a Trace Finance funciona de jeito similar para transferências internacionais com o diferencial de também oferecer conta internacional.

Conheça mais da empresa ouvindo nosso podcast abaixo:

Fidelização

São sistemas que visam gerar fidelização e retenção de funcionários e clientes, sistemas de pontos e remuneração para consumidores. Empresas de RH Tech podem se encaixar aqui visto que há soluções de benefícios que são utilizados como estratégia de retenção de funcionários, caso da Eva Benefícios.

Tecnologia

São empresas provedoras de tecnologia de base para outras empresas e instituições financeiras. Também podemos chamar os produtos dessas empresas de Banking As a Service (BaaS), como o caso da Zoop.

Elas são divididas em duas categorias:

  • Open banking: startups que criam tecnologia para conectar e facilitar o fluxo de informações entre agentes do sistema financeiro;
  • Infraestrutura: outras tecnologias de base para permitir operações financeiras complexas e inovadoras.

Criptomoedas

Tais fintechs usam a tecnologia blockchain e sua aplicação em moedas virtuais. São sistemas que permitem a troca pelas moedas tradicionais ou permitem o uso de criptomoedas como forma de pagamento em transações, como é o caso da a Binance é um exemplo. Com a exchange é possível investir em diferentes criptomoedas e até poupança de criptos.

Investimentos

Intermediam e permitem que usuários invistam dinheiro e obtenham retornos em diferentes classes de ativos, exemplo a Magnetis.

Cartões

Algumas das empresas desta categoria oferecem crédito aos seus clientes, enquanto existem também modelos recarregáveis pré-pagos, que podem ser utilizados sem linha de crédito ou com uma conta bancária, como é o caso da Gerencianet.

Finanças Pessoais

Mais do que entrar numa vida financeira, precisamos de soluções que nos ensinem a conduzir as finanças de forma saudável e responsável. Esse é o papel que as fintechs de finanças pessoais assumem.

Voltadas para a educação financeira, fintechs como a TC se propõe a instruir as pessoas sobre planejamento financeiro, investimentos, psicologia financeira, dentre outros tópicos dentro do tema.

Meios de Pagamento

As empresas desse segmento desenvolvem produtos e serviços com o intuito de facilitar o processamento de pagamentos. Nas fintechs desse ramo encontram-se também Instituições de Pagamento como o PicPay, que realizam serviços como pagamentos de boletos, PIX, entre outras soluções para os clientes.

As fintechs de meio de pagamento abrangem desde tecnologias que facilitam transações por meio dos dispositivos móveis, gateways de pagamentos ou até mesmo máquinas de cartão de crédito.

Serviços Digitais

A categoria de serviços digitais talvez seja a mais conhecida entre os brasileiros. Elas representam as empresas que oferecem serviços financeiros e bancários administrados ou efetuados de forma digital. A categoria se divide em:

Os bancos digitais devem possuir as mesmas certificações bancárias que os bancos tradicionais, tornando-os capazes de oferecer os mesmos serviços e levando os bancos tradicionais a oferecerem serviços digitais.

Enquanto isso, os e-wallets são sistemas digitais que imitam as nossas carteiras físicas: guardar cartões e documentos. As e-wallets reúnem versões digitais de cartões e também servem para armazenar documentos autenticados digitalmente, até mesmo ingressos e tickets.

Para utilizá-las é necessário que os dispositivos móveis e wearables possuam tecnologia NFC, a mesma dos cartões contactless.

mockup Apple Pay
A carteira digital Apple Pay possibilita tanto a inclusão de cartões de empresas autorizadas pela Apple quanto adicionar tickets de eventos e documentos

Crowdfunding

Também conhecido como “vaquinha online” crowdfunding é o nome para financiamento coletivo. Há aquelas plataformas que possuem um propósito específico para a captação de fundos, como o caso da Vaquinha Pet.

Há também empresas para que outras pessoas possam fazer suas próprias campanhas de financiamento coletivo, como a Catarse.

Backoffice

São empresas que oferecem softwares e serviços que auxiliam em diferentes áreas das empresas, como gestão e automação da contabilidade e das operações financeiras, gestão corporativa de pagamentos, preços, orçamentos, entre outros. O volume de empresas neste segmento, junto das soluções de pagamento, teve um crescimento de 41% durante a pandemia, segundo o Fintech Report 2022.

As soluções backoffice contemplam os ERP que são sistemas integrados de gestão empresarial, solução oferecida pela Conta Azul.

Risco e Compliance

Outro segmento relevante entre as fintechs é a de risco e compliance, que tratam de análises e comprovação de informações e dados das empresas. O compliance serve para manter as empresas em conformidade com as regras, normas e leis, como explica o Paulo Barros, diretor de conformidade:

A Idwall é uma fintech deste segmento de compliance cuja finalidade para a validação de identidades e gestão de risco.

Crédito

São empresas que oferecem sistemas de oferta e concessão de crédito baseada na tecnologia. Algumas das funcionalidades presentes em tais empresas são BNPL (Buy Now Pay Later), similar ao carnê; empréstimos consignados e afins.

Existem também modelos de gestão de consórcios para diferentes fins e sistemas de antecipação que disponibilizam crédito sobre futuros recebíveis de uma corporação.

O serviço de crédito é oferecido de duas formas: 1) conectam pessoas físicas e jurídicas diretamente às empresas através de ofertas diretas ou 2) plataformas P2P. 

Em função das resoluções implementadas pelo Bacen, as fintechs ganharam a autonomia para ofertar serviços de crédito.

Como abrir uma fintech?

Assim como todo negócio, para uma fintech é necessário ter bem planejado um modelo de negócios e também o seu MVP. Tendo em vista que fintechs são baseadas em tecnologia, isso significa que elas se baseiam em plataformas, em especial as mobile. Das mais populares que temos no país, todas possuem seus aplicativos para celular.

Logo, é fundamental pensarmos tecnologicamente também o que será a sua fintech. E para chegar a essa dúvida/curiosidade, provavelmente você já tem uma noção do porquê de abrir uma fintech.

O mercado brasileiro é líder na América Latina na digitalização bancária, o que significa que há muito espaço para inovação no ramo financeiro no país. Se levarmos em consideração que dos 21 unicórnios que possuímos no país, 6 são fintechs, percebemos que a afirmação é verdadeira. Essas informações são do Distrito e da Comscore.

As fintechs arrecadaram em 2021 o dobro conquistado em 2020, representando US$ 3,8 bilhões. A ascensão e sucesso de empresas do cenário brasileiro mostram que o país dos canarinhos tem um campo fértil para as financeiras tecnológicas, o que nos leva a pensar no primeiro passo para abrir uma fintech:

Defina o segmento da fintech

Como discorrido no tópico de tipos de fintechs, há 14 categorias de fintechs, isso sem falar das sub-categorias. Cada uma representa um tipo de desafio diferente quanto ao mercado e público. Por isso, é importante se ter muito claro qual segmento avançar.

A escolha pode ser tanto por uma decisão mercadológica quanto preferências, optando por recorrer à categoria com menor concorrência para se criar mais oportunidades ou também escolher aquela que possui maior afinidade.

Pesquisa de mercado

Após compreender o segmento de fintech que gostaria de atuar, faça uma pesquisa de mercado para checar a viabilidade do seu futuro negócio.

Para essa etapa é recomendável utilizar a metodologia das 5 Forças de Porter. É com base nela que conseguimos nortear as pesquisas de mercado para entender a relação do produto com a concorrência, clientes e fornecedores. O objetivo é oferecer uma visão macro do produto para que sejam tomadas as melhores decisões estratégicas.

As informações levantadas também irão levantar informações para formular os os P’s do Marketing, sendo os principais: 

  • Produto
  • Praça
  • Preço
  • Promoção

Identificar como a concorrência dá manutenção para esses pilares é uma excelente estratégia para gerar insights para sua própria fintech. Afinal, esse é o momento de entender as fortalezas e as deficiências da sua ideia.

Para agregar ainda mais nessa análise, apoie-se também na análise SWOT, que auxiliará na investigação das oportunidades e ameaças do seu negócio e da concorrência.

Faça o plano de negócios

Com todas as informações investigadas na parte de pesquisa, esse é o momento de desenhar o planejamento da sua fintech.

É aqui que serão definidos quais serão as atividades centrais da fintech, como será o relacionamento com os clientes, formatos de arrecadação, dentre outros tópicos essenciais num business model canvas.

Defina a estrutura jurídica da fintech

Definidas as atividades da fintech, podemos passar para o papo jurídico: qual será a estrutura jurídica da sua fintech? LTDA, SA ou EIRELLI? E quanto ao porte empresarial e o regime tributário?

A primeira informação a dizer é que a probabilidade da fintech ser um CNPJ MEI (Microempreendedor Individual) é nenhuma. Há pelo menos três porquês:

  1. O limite de receita anual que não pode passar de R$81 mil no ano;
  2. A quantidade de funcionários, que MEI permite até 1;
  3. Atividades econômicas permitidas.

Assim, as opções que ficam são uma sociedade limitada (LTDA), empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELLI) ou sociedade anônima (SA).

Para se ter melhor clareza do cenário da sua fintech, a melhor opção é se alinhar a um profissional jurídico para traçar os CNAEs e detalhes da natureza jurídica.

diferença entre empresas limitadas e sociedades anônimas
Reprodução: Contabilizei

Registre a empresa

Para que funcione de forma legal, sua fintech deve ser registrada na junta comercial do seu estado. Outro tipo de registro relevante de ser feito é o de marca, o qual ficará resguardada o nome e demais fatores da identidade da sua startup financeira.

Licencie sua fintech

O Banco Central é o órgão responsável por regulamentar as fintechs, em especial as de crédito e Instituições de Pagamento. Para essas duas categorias, há exigências para que tenham atuação aprovada, tal como ter capital social de R$1 milhão.

Contudo, nem toda fintech precisa de autorização para atuar. Entenda melhor no vídeo abaixo:

Desenvolva a plataforma

Se tratando que a palavra “tecnologia” faz parte das fintechs, a necessidade de uma plataforma tecnológica para as atividades da empresa é indispensável.

Tendo em vista que o relatório da FGV aponta que existem mais smartphones do que brasileiros no país, é notório que aplicativos móveis são excelentes escolhas como tecnologia e forma de acesso do público aos serviços da sua fintech.

Pra isso, é necessário encontrar desenvolvedores ou uma empresa de aplicativos que atenda fintechs ou que tenha soluções BaaS (Banking as a Service).

Lance seu app

Mais importante do que estar regulada e licenciada, e ter uma plataforma, a fintech precisa estar ao alcance do público. Isto é, ser conhecida e ter engajamento. Pra isso, as estratégias de marketing para aplicativos são boas alternativas para o lançamento de fintechs.

Funcionalidades essenciais para fintechs

Sempre haverá um mínimo para que as empresas devam ter para atender a proposta de negócio delas. Me refiro ao conceito de produto mínimo viável (MVP), que prevê funcionalidades básicas que servirão para testar uma hipótese.

Validado o MVP, o produto já está apto a evoluir suas funcionalidades. Mas antes de pensar na versão 2.0, vamos começar do zero:

Cadastro de usuário

Para iniciar o relacionamento com seu cliente, o cadastro deve ser a primeira funcionalidade. Nessa etapa que serão disponibilizadas informações pessoais e o anexo de documentos para que seja comprovada a identidade do usuário.

Além do mais, é importante que o cadastro seja único, tendo o CPF como validador. Dessa forma é possível garantir que um mesmo usuário não terá mais de uma conta.

Login

Também como forma de segurança, na etapa cadastral é importante ter um cadastro de senha para o login. Melhor do que isso, ainda resguardar que cada login terá um tempo determinado de sessão. Essa é mais uma forma de garantir mais segurança para o cliente.

Para acessar a conta na sua fintech, o usuário também pode utilizar o recurso de biometria disponível em seu smartphone, seja por digital ou reconhecimento facial

Painel de visualização

Essa funcionalidade dependerá do tipo de fintech que está sendo criada. Se for o caso de uma conta digital, o saldo para débito provavelmente será a primeira coisa que o usuário vai querer ver ao abrir o app.

Na mesma lógica, se tratando de uma fintech de fidelização através de benefícios flexíveis, a consulta do saldo nas categorias de benefícios será a primeira coisa.

Quanto a uma fintech de crédito, informações preliminares sobre o crédito são interessantes, como limite disponível e o valor parcial da fatura. É plausível também a informação de status da fatura e sua data de vencimento ou de fechamento.

Um último detalhe interessante de se ter é o botão para ocultar os saldos. Afinal, a privacidade deve ser garantida para todos os usuários.

Gestão de cartão

Tanto os bancos digitais quanto as fintechs de crédito tem junto seus cartões. Por isso, a gestão do cartão deve estar fácil na aplicação.

Tenha fácil a funcionalidade de bloquear o cartão e desativar o NFC. Afinal, a aproximação já virou um padrão nos cartões, então é importante oferecer essa escolha para o seu cliente.

Há ainda a opção de gestão de cartões para compras online através de cartões virtuais. Essa é uma forma de oferecer mais autonomia e controle para compras, pois os usuários podem criar um cartão para cada compra específica, como streamings, e-commerces etc.

Transferências e pagamentos

Especialmente em casos de bancos digitais e fintechs de pagamento, as funções de transferência e pagamento são esperadas para tais categorias.

Já bem recebido pelo público desde seu lançamento, o PIX deve ser um meio de pagamento disponível. Não tê-lo representará uma desvantagem competitiva já que os brasileiros já estão habituados com o uso.

Suporte

Uma frase que costumamos ouvir ao longo da vida é “ninguém nasce sabendo”. Embora toda a interface e experiência do usuário seja bem planejada para que o usuário consiga se guiar sozinho, as dúvidas ainda podem existir.

Por isso, tenha fácil uma área de suporte que responda dúvidas e traga informações valiosas. Mais do que isso, deixe habilitada uma área para que os clientes possam solicitar ajuda por atendimento humano.

Demais funcionalidades

As sugestões acima são de funcionalidades essenciais para uma fintech, mas ainda existem outras que podem entrar no radar do MVP ou da versão 2.0:

  • Cashback;
  • BNPL (Buy Now Pay Later);
  • Antecipação de salário;
  • Shopping;
  • Investimentos;

O futuro da sua fintech dependerá dos cenários do mercado, a resposta do seu público e o que faz sentido pra ele. Porém, a boa qualidade no desenvolvimento das plataformas é fundamental para que o retorno seja positivo.
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