Experiência do usuário em aplicativos, como melhorá-la?

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Devido à grande diversidade de aplicativos que os usuários podem baixar, a competitividade entre os softwares mobile aumentou significativamente. Por isso, as melhorias da experiência do usuário (UX) pode ser um fator decisivo na hora de se destacar, conseguir mais downloads e vender mais!

Muitas das marcas têm pensado que melhorar essa experiência é simplesmente oferecer mais funções ou mais informações dentro de seus aplicativos, mas isso não é o suficiente. O universo da experiência extrapolam os produtos e serviços.

Vamos entender!

O que é (UX) Experiência do Usuário?

UX é a sigla para “User eXperience”. Ela se trata do design focado unicamente nas interações do usuário com o serviço/produto. O design de UX é uma etapa importantíssima no processo de criação dos aplicativos, sendo o responsável por pensar nas principais emoções e experiências que as pessoas terão lidando com o software.

Dessa forma, um bom UX designer busca constantemente melhorar essas interações, proporcionando um sistema mais claro e intuitivo possível. O profissional constantemente se coloca no lugar do usuário e procura observar suas maiores necessidades, dificuldades e vontades.

No caso de aplicativos, a UX está associada também ao que chamamos de UI, user interface. Por isso, o cargo de quem projeta telas para aplicativos é UI/UX designer. Contudo, ainda que a experiência também deva ser pensada para as interfaces, a UI é diferente da UX. 

As interfaces são as áreas de interações que os usuários possuem com os aplicativos, as telas. Elas devem ser projetadas para oferecer a melhor experiência que os usuários possam ter, com o objetivo de encantá-los e também torná-los autônomos diante da plataforma que estão utilizando. Toda essa atenção é o que chamamos de user experience.

Os aplicativos são considerados produtos, porém nem todo produto é um aplicativo. Por isso, a experiência do usuário vai além de softwares, embora iremos focar mais em apps neste artigo. Assim, o profissional de product designer pode trabalhar em diferentes nichos, sendo um dos responsáveis por consolidar a UX dos produtos.

Vantagens da experiência do usuário

De forma rápida, já adianto que não há desvantagens em investir na experiência dos usuários, apenas desafios. Quanto às vantagens, elas potencializam os resultados dos produtos e serviços. Vamos conferir:

Conversão

O primeiro detalhe a acertarmos nessa discussão é que existem diferentes tipos de conversão. O cadastrar numa newsletter, preencher um formulário de contato, finalizar uma compra e baixar um conteúdo gratuito online são exemplos de conversão.

Esses objetivos são considerados a etapa final de funis de marketing e de venda. O papel da UX nisso é conduzir os usuários a chegarem ao fundo do funil, convertendo-se. Por isso, quanto melhor a experiência, maiores as chances de conversão.

Um exemplo de boa experiência é um e-commerce com boa performance de carregamento. Há uma alta probabilidade do usuário desistir de uma compra caso o site demore para carregar. Logo, um alto desempenho aumenta as chances de permanência do usuário.

Isso é tão valorizado que o próprio Google estabeleceu padrões de experiências para os portais web com os ditos core web vitals, o qual contempla réguas para medir diferentes aspectos de desempenho de um site.

Com isso, concluímos que e-commerces performáticos vendem mais, comprovando que a UX traz a vantagem no aumento das conversões.

Fidelidade

“Isso foi tão bom que quero de novo”. É pouco provável que você queira retornar num estabelecimento o qual ofereceu um atendimento ruim. Em contrapartida, lugares que o atendimento foi bom você já tende a voltar.

Essa é a vantagem que a UX oferece no que tange a fidelização de clientes e usuários.

Ter pessoas retornando ao seu aplicativo faz a diferença para os números dele. Logo, convém investir na experiência para isso, especialmente ao lembrarmos que é mais barato manter um cliente do que conquistar novos.

Aumentar o valor do produto

Não estou falando necessariamente do valor financeiro, mas sim do valor agregado. Se um usuário se sente encantado com a experiência que teve com seu aplicativo, mais valor ele verá em mantê-lo instalado. Isso é o que justifica, por exemplo, o porquê do TikTok ser um dos aplicativos mais baixados.

Quanto maior o valor os usuários percebem na sua solução, mais competitivo ele fica no mercado, maior o volume de instalações ativas, rentabilidade, dentre outros benefícios.

Menores custos

A experiência do usuário dita também sobre otimizações. A lógica de refatorar um código é trazer melhorias que, eventualmente, ocasionam em mudanças. 

Vamos pensar que seu aplicativo utiliza recursos de geolocalização. Para isso, é necessário o consumo de APIs como o Google Maps ou Mapbox. Caso o aplicativo não esteja bem otimizado, é possível que sejam realizadas muitas requisições da API e, com isso, maiores os custos para a manutenção do aplicativo.

Afinal, o Google e a Mapbox lucram a partir do volume de requisições. Por isso, não é à toa que a Uber disponibiliza a opção de configurar seus locais favoritos ou sugerir locais já visitados anteriormente, pois a requisição já foi efetuada e, com isso, não precisará de um novo custo.

Nesse caso, a experiência é proveitosa até para o usuário uma vez que não será mais necessário digitar novamente o endereço. Assim, com poucos cliques a viagem pode ser solicitada. Ambos saem ganhando.

Os pilares da experiência do usuário

A experiência do usuário é composta por fatores que conduzem a área para o caminho do sucesso, sendo eles:

Atrativo visual

Como disse o UX designer Theo Farrington em seu livro.

“Como designers, resolvemos problemas específicos para atender às necessidades específicas de usuários, produtos, negócios, e fazemos isso com o único ingrediente secreto que torna tudo agradável: beleza. Moldamos soluções úteis em pacotes agradáveis para facilitar a vida de pessoas”

Assim, aparências importam. Por isso, quanto mais instigantes e atraentes as interfaces do seu aplicativo forem, melhor para o usuário. Designs interessantes são excelentes iscas para despertar interesse, até porque criamos resistência com aquilo que não agrada aos olhos, assunto que faz parte do design emocional.

Usabilidade

O quão “usável” o aplicativo é? Essa é a premissa para a usabilidade, que contempla a facilidade de usar uma plataforma, bem como a curva de aprendizado do usuário para acessar as funções da aplicação.

Grosso modo, quanto mais intuitivo o uso do aplicativo for, melhor a usabilidade. Não à toa que o livro de UX design “Não me faça pensar” fez sucesso, pois a UX espera que os usuários façam o mínimo esforço possível para concluir seus objetivos diante de uma plataforma.

Outro ponto a se ressaltar também é que o aplicativo deve ser útil, agregando valor e fazendo sentido para os usuários.

Acessibilidade

Os aplicativos devem ser democráticos, permitindo que qualquer pessoa possa utilizá-los. Por isso, a acessibilidade deve ser pensada com afinco.

No Censo de 2010, o IBGE identificou que 24% da população brasileira possui alguma dificuldade. Isso significa pessoas com deficiências motoras, visuais e cognitivas. Uma vez que são parcelas significativas da população, a experiência do usuário também deve contemplá-los e fazer com que a navegação desses usuários seja exequível e eficiente.

Um exemplo da importância da acessibilidade é o fator do Google considerá-la um fator importante para que sites apareçam com resultado das buscas dos usuários. Se a acessibilidade estiver baixa, pouco provavelmente o site será ofertado como um resultado relevante.

O contraste das cores e o tamanho das fontes também são fatores que influenciam na acessibilidade digital. Além disso, também devem ser utilizados os Voice Overs. Entenda melhor sobre a ferramenta com o vídeo abaixo:

Desempenho técnico

O sentimento de perceber um defeito numa peça de roupa depois de trazê-la pra casa não é dos melhores, certo? A sensação é semelhante quando pensamos em produtos digitais como aplicativos.

Bons softwares requerem também bom desempenho técnico, sem bugs ou lentidão, pois ambos causam frustração e abandono — e a última coisa que esperamos é que nosso aplicativo seja desinstalado.

Por isso, a experiência do usuário também deve contemplar as boas práticas de desenvolvimento e desempenho. Essa já é uma atividade desacoplada da responsabilidade de um UI/UX designer, mas que é contemplada nos pilares da UX.

Inovação e originalidade

Ambas as palavras são praticamente pleonasmos no que tange a experiência única, o algo novo e diferente. Experiências que fogem do “reinventar a roda” acabam por conquistar a atenção do público.

Exemplos para isso foram os modismos de cupcake ou paleta mexicana, cuja popularidade se deu por uma novidade. Embora fujam do contexto de tecnologia, servem para ilustrar os efeitos de uma novidade, os impactos do hype para os negócios.

Como melhorar a experiência do usuário?

Com a facilidade de acesso às informações, os consumidores ficaram mais exigentes, impacientes e menos tolerantes às experiências ruins. De acordo com um estudo realizado pela Dynatrace, 75% dos usuários de smartphones/tablets abandonam um aplicativo se ele apresentar algum defeito ou for lento. Este com certeza não é o objetivo dos donos dos aplicativos.

Por isso, vamos conferir como melhorar a experiência do usuário e, consequentemente, aumentar o engajamento no seu app!

UX Research e escuta ativa

Os usuários são um dos principais stakeholders na hora de construir ou aprimorar o roadmap de um aplicativo. Afinal, eles utilizam no dia a dia e, por isso, estão mais do que aptos a trazer feedbacks significativos para a plataforma.

Assim, a etapa da pesquisa com os usuários é fundamental para aprimorar o aplicativo e colocá-lo no patamar de “melhor experiência” dentre a concorrência. Na hora de realizar a UX Research, tenha em mente que o erro nunca é do usuário e sim do sistema para caso ouça feedbacks negativos.

Afinal, considerando que os aplicativos são projetados e existe uma curva de aprendizado para que os usuários o utilizem, fica evidente que o erro está no aplicativo. Por isso, o UI/UX designer deve antecipar possíveis erros e dificuldades dos usuários para saná-los. 

Para se ter sucesso na pesquisa, lembre-se de ter uma escuta ativa. Isto é, dar a devida atenção ao usuário, evitar enviesá-lo, dentre outras práticas.

Não exceda nas funcionalidades

Nada adianta oferecer diversas funções e muitas informações se elas não são do interesse do cliente. Por isso, o primeiro ponto a se pensar é: qual funcionalidade o usuário espera ao baixar o aplicativo? Nesse momento, pense nos recursos mínimos, apropriados para desenvolver um aplicativo MVP

Com o mínimo definido, está liberado pensar nas extras. Elas são positivas, desde que agreguem ao usuário de fato, não cause um mau funcionamento no aplicativo ou deixe o carregamento lento.  de não conseguir achar o que queria facilmente e foi para o site concorrente?

Para garantir que todo esse atendimento ao seu usuário seja efetivo, é interessante manter uma equipe de desenvolvimento dedicada às suas demandas, fazendo uma boa manutenção do aplicativo ao resolver bugs e funcionalidades incrementais. Isso tudo atendendo às necessidades e sugestões que forem aparecendo, mas sem pecar pelo excesso!

Elabore uma UI funcional

UI é a sigla para a palavra em inglês User Interface. Isto significa que o design de UI é o responsável pelo desenvolvimento da interface por trás das aplicações. Ele é o encarregado por criar os mecanismos de interação, sendo o artifício em que os usuários se relacionam com um sistema ou dispositivo, como botões e menus e para isso desenvolvem várias habilidades e disciplinas para serem usadas nesses processos.

Dessa forma, a UI pode ser compreendida como o elo entre os usuários e a UX, pois conecta as funções do aplicativo com as análises de necessidades e emoções das pessoas — feitas pela UX —, buscando sempre proporcionar uma melhor experiência.

Portanto, o profissional da área deve se atentar ao mapa do calor dos displays dos celulares, por exemplo. Afinal, se o objetivo é facilitar a interação com o layout, de nada adianta colocar ícones em áreas da tela as quais o usuário não consegue alcançar facilmente, por exemplo.

Tendo em vista que os novos smartphones tendem a apresentarem maiores tamanhos de telas para reprodução de vídeos, usuários de mãos pequenas precisam ser levados em consideração para elaborar a interface neste caso. Essas, dentre outras questões, precisam fazer parte do mapa de atenção do designer UI.

Design responsivo

Existem infinitas dimensões de telas. Se pensarmos nos smartphones da Apple, até a data de atualização deste artigo, a empresa já lançou 14 modelos de iPhones. Isso sem contar com as variáveis plus, pro e max.

Quando se trata de Android, o volume de telas aumenta, uma vez que o sistema operacional do Google é utilizado em diferentes marcas como Samsung, Motorola, Xiaomi e outros.

Embora muitos modelos já tenham sido descontinuados pelas empresas, ainda há um grande montante a ser considerado. Por isso, é dever do UI/UX designer projetar telas que se adaptam aos diferentes dispositivos. Até porque os usuários podem utilizar qualquer um desses smartphones e a experiência de uso do aplicativo deve ser positiva independente de onde o usuário esteja utilizando.

Isso é o que chamamos de design responsivo.

Pense nas cores

Embora a disposição de ícones e botões seja fundamental para o design, como visto no tópico anterior, o uso de cores também é essencial para que as telas sejam responsivas e atraentes.

As cores geram impacto e sensações em nós. A prova disso é a tela de quando estamos recebendo uma chamada. Se o botão de recusar fosse verde, provavelmente muitas pessoas iriam cancelar ligações sem querer, pois compreendemos o verde como um sinal positivo, enquanto que o vermelho negativo. Logo, as cores são imprescindíveis!

Para saber ainda mais sobre as cores nos aplicativos, confira o vídeo a seguir:

Adote a UX Writing

Ninguém gosta de ser enrolado, portanto, dê a informação de forma direta e concisa. Praticar a UX Writing é sinônimo de evitar devaneios e ir direto ao ponto.

As microcópias, nome dado aos textos de UX Writing, devem ser complementares aos layouts, instruindo os usuários a serem autônomos durante o uso das aplicações. Os conteúdos escritos servirão também como guias e mecanismo para aumentar a velocidade da curva de aprendizado dos usuários.

Considerando que o mapa de caracteres é pequeno, cabendo poucos volumes, sempre considere a melhor forma de apresentar a informação de forma sucinta e sem perder o valor da mensagem. Recomendamos também o estudo de call to actions e gatilhos mentais.

Faça testes e colete feedbacks

Desenvolvido o aplicativo, experimente-o. Uma fase beta te ajudará a descobrir se tudo está funcionando como deveria e se está de acordo com as expectativas do usuário.

Por isso, colete todas as opiniões e dados dessa fase e melhore-o, focando sempre na experiência do consumidor e entendendo o que eles gostaram ou não. Com os feedbacks sendo positivos, já é seguro lançá-lo!

Busque atender as necessidades dos seus usuários

Lembre-se de ter um bom time de suporte e assistência que consiga atender a todos. Essa proatividade de atendimento e soluções de falhas pode minimizar a má experiência que um usuário teve.

O fato de se mostrar ativo em relação às principais necessidades dos seus clientes cria uma relação de proximidade com o cliente, que é fundamental para a relação do usuário com a sua marca. Além disso, ajuda a detectar os pontos negativos que precisam ser solucionadas e os pontos positivos que devem ser trabalhados. 

Assim, ele se sentirá importante e ajudado, o que pode até transformá-lo em um grande defensor da seu aplicativo. Este será um fator importante para o engajamento dos usuários.

Entendido! O que mais posso fazer?

Tenha em mente que para seu aplicativo se tornar um sucesso é necessário muito trabalho. O primeiro passo é ter uma boa ideia ou entrar num modelo de negócio já estabelecido; o segundo é encontrar a empresa de desenvolvimento mobile ideal e logo depois desenvolvê-lo com foco na experiência do consumidor e melhorá-la continuamente.

Caso você tenha a ideia de um aplicativo de sucesso, entre em contato conosco! Aqui na Usemobile oferecemos serviços de UI/UX design, bem como o desenvolvimento. Podemos te ajudar a oferecer a melhor experiência para seus usuários, assim como fizemos com os aplicativos do Kumon e Olho no Carro.

Leve a potência mobile para seu negócio

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10 respostas

    1. Olá, Michele! Você pode dar mais detalhes do e-mail? Fiquei na dúvida se seria uma resposta de você como possível cliente ou você como a designer.

    1. Boa tarde Maurício.
      Consideramos a capacidade crítica de uma pessoa para testar o aplicativo essencial para a excelência em UX. Aqui na Usemobile temos uma equipe que realiza todos os testes manualmente e fazem o review do que deve ser melhorado para o usuário.
      Qualquer dúvida estou a disposição

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