Cada cidade oferece um estilo de vida diferente para os seus habitantes. Cidades interioranas nos remete à rotinas mais leves, pouco agito e atividades mais caseiras. Quanto às grandes cidades como São Paulo, é indissociável o caos do cotidiano dos habitantes: grandes empresas, variedade de atividades, andar rapidamente pelas calçadas, longos trajetos até os destinos, trânsito, entre outros.
Os dois últimos itens dizem respeito à mobilidade urbana e seus impactos. Dentre eles, encontramos problemas de saúde da população: o estresse, doenças respiratórios, poluição, chuvas ácida, etc. Tendo em vista essas questões, soluções práticas de mobilidade tem sido cada vez mais pauta para o surgimento de startups como a Uber. Porém, o assunto deste artigo é uma alternativa que descarta o uso de automóveis: os aplicativos de bicicletas e patinetes compartilhados.
1 – A História e evolução das bicicletas compartilhadas
2 – Quais os benefícios das bicicletas e patinetes compartilhados?
3 – Como funciona o aplicativo?
4 – Como criar um aplicativo de bicicletas e patinetes compartilhados?
A história e evolução das bicicletas compartilhadas
A prática do compartilhamento de bicicletas e patinetes públicos teve maior adesão na China, país com maior número de habitantes do mundo e com alto índice de poluição. Cerca de 2,3 milhões de bicicletas públicas estavam em uso no país em 2016.
A interpretação desse dado é simples: tendo em vista que a população é grande, os problemas de mobilidade urbana são proporcionais. Portanto, o poder executivo precisa encontrar alternativas para gerar maior qualidade de vida para a população e combater os impactos sócio-ambientais.
Ainda que o país chinês apresente a maior adesão do recurso, as bicicletas compartilhadas não começaram na Ásia. Os primórdios da ideia inovadora surgiu na Europa, mais precisamente em Amsterdã lá em 1965. Entretanto, o contexto social e tecnológico não contribuiu para a popularização do recurso, resultando num fracasso total. Os índices de furto das bicicletas foi a maior pedra no sapato dos desenvolvedores da primeira das quatro gerações de bicicletas públicas.
As gerações de bicicletas compartilhadas
Copenhague, a capital da Dinamarca, insistiu na ideia e criou o programa City Bikes, consistindo em 4 estações de 26 bicicletas para uso compartilhado. 26 anos depois, essa segunda geração trouxe algumas inovações tanto no design quanto na monetização das bicicletas, acrescentando um sistema de coleta de moedas e deixando-as mais robustas e resistentes. O problema de furtos foi parcialmente solucionado com o acréscimo de cadeados.
Os avanços tecnológicos agregaram ainda mais nos sistemas de compartilhamento, dando origem a terceira geração. À oeste da Dinamarca, as formas de aluguel segurança avançaram na Inglaterra, em meados de 1996. Ao passar dos anos, a transformação digital proporcionou o uso de cartões inteligentes como mediadores de pagamento e das travas elétricas das bicicletas, e, posteriormente, os celulares.
Para além de uma nova forma de travamento das bicicletas, a identificação dos usuários se tornou mais um fator de segurança para a atual quarta geração. Afinal, saber quem usou e em qual momento facilita ações de seguridade. Muitos outros recursos tecnológicos foram inseridos nesse novo modelo de bicicletas públicas, como telecomunicações e captação de energia solar. Entretanto, esses recursos possuem um alto custo, problema que veio a ser amenizado.
A atual geração de bicicletas compartilhadas dispensa a necessidade de uma estação, reduzindo os custos do serviço. A integração de todo o hardware necessário na própria bicicleta torna o valor de produção e manutenção menores, viabilizando o crescimento da prática. Ademais, o uso de softwares facilita o monitoramento das bicicletas, fornecendo dados de usuários, localização da frota, a arrecadação, entre outros.
Todos esses avanços também viabilizaram a expansão do compartilhamento para outros veículos, bem como o patinete.
Quais os benefícios das bicicletas e patinetes compartilhados?
Os benefícios já foram mencionados aqui algumas vezes, principalmente no quesito de mobilidade urbana e seus impactos. Dentro deles, há a redução da emissão de gases nocivos. Isto é bastante presente na startup Yellow, pois o relatório final de viagens exibe o quanto de CO2 o usuário deixou de emitir ao usar seus veículos, mostrando a preocupação da empresa com a causa.
A lista de benefícios não para aí, sendo um recurso interessantes para o usuário e o proprietário. Ao usuário tange às questões cotidianas, visando a praticidade de locomoção aos destinos, bem como no desafogamento do trânsito, acessibilidade, ciclismo urbano e outros. Indo mais além, bicicletas e patinetes elétricos promovem a facilidade até mesmo no esforço físico: já que os veículos possuem motores, eles podem oferecer aceleração e auxiliar o trajeto em percursos íngremes, por exemplo.
Outro benefício é o custeio das viagens. As bicicletas convencionais da Yellow podem ser alugadas por 10 minutos pagando apenas R$1 real, por exemplo. Trajetos mais simples levarão em média esse tempo ou até menos. Ademais, os veículos podem ser estacionados em qualquer lugar, em consonância com a quarta geração das bicicletas compartilhadas.
Já para o proprietário do aplicativo, as vantagens partem da escalabilidade dos serviços. Ainda que a criação desse tipo de aplicativo e a manutenção dos veículos tenha um valor alto (discutiremos mais à frente), as probabilidades de crescimento são altas. Afinal, uma vez disponível, o uso das bicicletas e patinetes poderá ser em qualquer momento, lugar e hora. Isto é, a arrecadação não tem hora para dormir!
Como funciona o aplicativo?
O caminho é bastante simples, como pegar um Uber. Primeiro, o usuário deverá se cadastrar na plataforma, seja preenchendo um formulário ou a partir de contas do Facebook, Google, Twitter e outros. Já que o objetivo é alugar um veículo, as formas de pagamento são imprescindíveis. Esse pagamento pode ser tanto através da compra de créditos virtuais (similar ao saldo da Play Store) ou pagamento por cartão de débito ou de crédito ao fim de cada viagem.
Ajustadas as formas de pagamento, chegou a hora do usuário pegar a bicicleta ou patinete. Para isso, ele precisará de um mapa para identificar o veículo mais próximo. Feito isso, é só desbloquear o dispositivo de segurança, seja ele uma trava na roda ou o estacionamento. Pronto! Agora é só avaliar o aplicativo.
Para ficar mais fácil, vamos recapitular o fluxo do usuário:
- Criação de um perfil na plataforma;
- Cadastro das formas de pagamento — inclusão dos dados de cartões, por exemplo;
- Uso do mapa para encontrar o veículo mais próximo;
- Desbloqueio do dispositivo de trava, seja por leitura de código QR ou outra metodologia;
- Avaliação da viagem.
Como criar um aplicativo de bicicletas e patinetes compartilhados?
Apenas ter a ideia e a vontade de desenvolver um aplicativo para bicicletas e patinetes compartilhados não é o suficiente. Cada aplicativo terá alguma demanda diferente de acordo com a categoria e os desejos do idealizador. Existem casos em que as características convergem? Sem dúvidas, mas também tem a possibilidade de incluir um recurso que nunca apareceu antes. Portanto, é imprescindível um bom planejamento para que o seu sonho se torne realidade.
O plano de negócios deve estar bem estruturado, com um MVP (produto mínimo viável) definido, as estratégias de arrecadação que serão utilizadas, os custos, taxas para regulamentação em prefeituras, como será feita a atração e retenção de clientes e a arrecadação, e outros fatores. Os fornecedores das bicicletas, hardware necessários e manutenção devem entrar na conta dos custos!
Entendendo as funcionalidades que devem ter no aplicativo
É importante que o uso do aplicativo seja simples e natural. Para isso, algumas funcionalidades devem aparecer, como a geolocalização. Afinal, o usuário precisará saber onde está a bicicleta ou patinete mais próximo. A localização é interessante para o proprietário do aplicativo também, pois evitará as falhas de segurança da primeira e segunda geração de bicicletas compartilhadas! Contudo, tanto a bicicleta ou patinete precisarão de GPS integrado.
A parte de cadastro também é fundamental para o aplicativo. Nesta tela, a plataforma poderá contar com a ajuda dos APIs do Facebook ou Google para cadastrar diretamente com uma conta já existente nessas ferramentas, ajudando na retenção do cliente. Afinal, é mais fácil acessar o aplicativo de compartilhamento com uma outra conta do que criando uma nova.
Uma outra funcionalidade de grande importância são os gateways de pagamento. Esta será a forma de receber pelo aluguel dos veículos. Já para o cliente, o acesso à bicicleta ou patinete dependerá do destravamento do dispositivo de segurança que, por sua vez, será liberado mediante ao pagamento.
E é aqui, mais uma vez, vemos a necessidade de hardwares para que o aplicativo dê certo: a trava de segurança e o GPS. Porém, a integração desses dispositivos com o aplicativo é imprescindível para que o software funcione corretamente.
Quero desenvolver meu aplicativo: o que preciso e quanto custa?
Aqui já envolve a técnica por trás de um aplicativo, permeando desde o design UX até a integração do hardware com o aplicativo. Vale a pena ressaltar que esse processo de desenvolvimento é impossível de realizar de um dia para o outro. Isto é, o procedimento é complexo, podendo exigir de 7 meses à 1 ano. À depender dos recursos, pode levar ainda mais tempo para ficar pronto.
Ademais, apesar de generalizar dizendo “o aplicativo”, as bicicletas e patinetes compartilhados exigem três softwares para colocar a ideia em prática: um aplicativo para Android, outro para iOS e, por fim, um painel administrativo para o gerenciamento. Isso tudo possui ainda outras demandas:
- Recursos: geolocalização, sistema de pagamento, calculadora dos preços, cadastro com outras contas (lembra dos APIs?), notificações push, integração com o hardware, avaliação e outros que forem convenientes e interessantes;
- Fornecedores: fabricantes das bicicletas e hardwares necessários para a integração;
- Design: quais telas o aplicativo terá e como serão visualmente? O esboço das telas ajudará a pensar como os recursos serão utilizados;
- Marketing: as estratégias de divulgação do aplicativo;
- Colaboradores: sem uma equipe para o desenvolvimento e a integração do hardware dos veículos com o aplicativo, a plataforma não vai pra frente.
Como podemos perceber, existem muitos pontos de planejamento para o aplicativo sair do papel e ir para o celular, requisitando tempo e dinheiro. Afinal, somente o desenvolvimento dos aplicativos custará cerca de R$300 a R$360 mil reais — sem contar com a aquisição e manutenção dos veículos e hardware.
Então que tal valorizar o seu dinheiro escolhendo a Usemobile como parceira? Faça seu orçamento e coloque seu aplicativo de bicicletas e patinetes compartilhados no ar!
Respostas de 2
Quero conhecer mais da empresa
Esta é uma ideia legal e interessante. Afinal, hoje em dia devemos pensar em mudar para um meio de transporte como a bicicleta ou a scooter. O fato é que poluímos demais a atmosfera. Mas li muitos ensaios sobre poluição em https://carnavalderedacao.com.br/tema/poluicao/ e fiquei chocado. Com tantas coisas para fazerem contra si mesmos, poluindo o meio ambiente. É por isso que acho que as bicicletas são legais.