Como calcular a tarifa dos aplicativos de mobilidade urbana?

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Se você já aceitou a ideia de que usar os aplicativos de mobilidade urbana valem mais a pena que manter um carro na garagem, tá na hora de saber qual aplicativo é o mais barato — ou qual é o mais vantajoso para o motorista? Então senta aqui que eu te conto tudo!

Para este post, nós vamos considerar as três maiores empresas de aplicativos de Mobilidade Urbana: Uber, Cabify e 99.

E elas realmente são as melhores? Não sei, não usei todas as disponíveis no Brasil, mas atualmente são as mais reconhecidas e as que estão espalhadas por mais cidades.

Vamos começar com a hiper gigante ultra, aquela que chegou chegando quando esse mundo dos aplicativos de mobilidade era mato: A Uber. A empresa chegou ao Brasil em Maio de 2014 e naquela época falar que você ia entrar no carro de um estranho e ainda aceitar uma balinha, devia ser uma coisa bem esquisita aos ouvidos conservadores. Mas cativando o público moderninho e que já conhecia o funcionamento do app de outros países, a Uber emplacou de cara, e também comprou uma briga feia com os taxistas do Rio. Após essa bela historinha de pioneirismo e bravura, vamos às tarifas.

Nossa amiga Uber cobra pelo seu serviço mais barato, o UberX, uma tarifa base de R$2,00. Então só de respirar o ar condicionado do carrinho, essa tarifa você já pagou. Além disso, ela cobra R$1,40 por km rodado. Muito inteligentemente, considerando que o motorista pode ficar hooooras parado num engarrafamento, o tempo do deslocamento também é cobrado e são R$0,26 por minuto. A Uber cobra uma tarifa mínima, então, mesmo que você só desloque 500 metros e gaste três minutos para tanto, a sua corrida dará no mínimo R$4,00. Desde Janeiro de 2017 mais uma taxa entrou no cálculo dessa cobrança, uma tarifa de R$0,75 que a empresa chama de “custo fixo” e diz que é para manter o crescimento saudável da empresa… Vai que cola??? Colou!

Portanto, para para uma corrida de 10 km, na qual você gastará 20 minutos o custo total seria:

R$2,00 (tarifa base) + 10 x R$1,40 (distância) +  20 x R$0,26 (tempo) + R$0,75 (custo fixo) = R$21,95.

Mas aí vem a questão: Quanto, de fato, o motorista tá levando desse bolo?

Pois é, meus amigos, o “Motô” fica com 75% desse valor, os outros 25% vão para a Super Ultra Uber.

O cálculo para as outras empresas funciona de forma muito semelhante ao cálculo e preços da Uber.

A Cabify, por exemplo, cobra R$ 2,50 de tarifa base, R$1,44 por quilômetro rodado e R$0,33 por minuto que você vai passar lá dentro do veículo. Além disso, assim como a Uber, também tem a tal tarifa de “custo fixo” de R$ 0,75. Vamos simular a mesma corrida pelo Cabify?

R$2,50 (tarifa base) + 10x R$1,44 + 20x R$0,33 + R$0,75 = R$24,25.

Viu?!?! Até no mundo dos aplicativos é bom dar uma pesquisada. Ahhh, e a Cabify também divide o bolo com o motorista seguindo a regra da Uber: 25% Cabify, 75% Motorista.

Agora vamos para aquela amiga do seu bolso e amiga dos Motoristas. A 99 é a campeã de tarifa mais barata e também é a que deixa a maior fatia com o motorista.

O cálculo é muito próximo das demais, porém sem a tal tarifa de “custo fixo”. A tarifa base da 99 sai a R$1,98, o km rodado fica a R$1,40 e o minuto rodado R$0,26.

Continuando com o cálculo da nossa corrida simulada, na 99 pagaríamos:

R$1,98 (tarifa base) + 10 x R$1,40 + 20 x R$0,26 = R$21,18

Linda essa economia, né não?!?! Agora a melhor parte se você está pensando em se tornar um motorista de aplicativo: A 99 reparte o bolo de maneira mais favorável ao motorista, deixando com ele 83% do valor da corrida. Legal, né?!

Claro que com o crescimento do número de apps de mobilidade essas tarifas tendem a cair, afinal a concorrência é vida para nós, consumidores. Porém, pensando por outro lado, tarifas mais competitivas democratizam o acesso a esse tipo de serviço, aumentando cada vez mais o número de usuários fiéis.

Se você já pensou em criar um app tipo uber mas acha que o mercado está saturado, esqueça esse pensamento ridículo. Ainda há uma vasta selva a ser explorada e muitos aplicativos ainda devem surgir para suprir a ineficiência dos transportes coletivos públicos urbanos, mas isso é assunto para outro post.

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17 respostas

  1. Onde consigo mais informações de como alugar um sistema de mobilidade urbana para oferecer esse serviço de viagens em meu estado para que eu não precise mandar criar um do zero?

  2. Conta simples se faz atualmente com URBANO NORTE:
    Motorista que faz R$5.000,00 bruto paga 17% que é a taxa mínima demonstrada no tópico.
    Então ele deixa R$ 850,00 para a plataforma.
    No URBANO NORTE , que está em mais de 85 cidades, a taxa é mensalidade fixa. varia entre 200,00 a 300,00.
    Simples assim… um ganho bem maior que qualquer outra plataforma.
    Urbano Norte hoje conta com mais de 15000 motoristas e mais de 2 milhões de usuários em todo Brasil.
    Apucarana, Arapongas e Rolândia sendo implantados agora no Paraná, que já está presente em Maringá, Pato Branco e Francisco Beltrão.

  3. Criar aplicativo? Não entre nessa, já estou na minha cidade com o meu App POR 1 ANO e não consigo passageiros, os clientes são viciados em 99, Uber E iNDRIVER e os motoristas se cadastram e depois de 2 horas em corridas não se logam mais, e quando consiguimos atingir alguns clientes para baixar o App ele chama e não tem motoristas para atender e não chama mais. MUITO DIFICIL!!!
    Já tentamos de tudo!!!

    1. Olá, Peixoto. Entrar num mercado que é competitivo realmente tem seus grandes desafios. Sinto pela sua dificuldade e por isso lhe trago algumas sugestões para tentar te ajudar.

      Como recomendamos nos nossos artigos, é importante que exista uma pesquisa quanto a concorrência para que possamos elaborar uma proposta de valor diferenciada e que vá atrair os clientes. Nesse sentido, recomendo que você busque entender o porquê dessa preferência e elaborar formas de atrair os passageiros para seu aplicativo. Um benchmark entre sua marca e dos demais vai lhe criar insights para tentar novas abordagens. Busque entender o sentimento que eles possuem nos outros aplicativos e no seu; se o design do seu app é agradável; se eles se sentem seguros com seus motoristas; se os preços são acessíveis à eles; comparativo entre horários de pico e disponibilidade de motoristas; formas de pagamentos etc. Muitos desses fatores podem influencias e muito na percepção da sua marca.

      Recomendo a leitura do nosso artigo sobre marketing para aplicativos e também um outro sobre engajamento nos aplicativos para conhecer algumas estratégias para aplicar. Espero ter ajudado!🤗

  4. Excelente matéria, entretanto está desatualizada deste a sua publicação.

    É uma falácia dizer que o motorista recebe 25% do valor total, e tem mais uma coisa a ressaltar sobre o preço que o passageiro paga.

    Vamos-lá, minhas caras e meus caros.

    Vamos pegar por exemplo, uma corrida feita pelo passageiro pela empresa “X”, este app, vai estimar um valor com base na rota mais longa ao passageiro, vejamos o exemplo abaixo:

    R$2,00 (tarifa base) + 10 Km x R$1,40 (distância) + 60 min x R$0,26 (tempo) + R$0,75 (custo fixo) = R$ 32,35. (esse é o preço que o passageiro paga.

    Dos R$ 32,35 – (menos) 25% = é igual a R$ 24,27 (isso se fosse 25%, este seria o valor que o motorista receberia ao final).

    Entretanto a realidade é distinta, o motorista não recebe 25% do valor pago pelo passageiro, o motorista recebe uma tarifa fixa pelo Km e Minuto Rodado, mais a tarifa base, na seguinte proporção, menos a tx da município:

    R$1,50 (tarifa base) + 10 Km x R$1,05 (distância) + 60 min x R$0,19 (tempo) – 0,10 por km rodado (tx da prefeitura) = R$ 22,40.

    Ou seja o motorista recebe menos.

    Obs.: outra coisa importante, que ninguém conta, é que se o motorista fizer uma rota mais curta e de menor tempo (do que a estimada pelo passageiro), o passageiro continuará a pagar pela rota estimada mais longa, entretanto o motorista receberá apenas pelo o que percusso mais curto, ou seja, um valor muito menor/inferior do que 25%.

    O que se pergunta é, o que acontece com o dinheiro que sobrou,? Com a diferença? Já que a empresa não devolve ao passageiro e não repassa ao motorista.

    Obs.: Vejam que de cidade para cidade os valores tendem a serem maiores ou menores, tanto para passageiros quanto para motoristas.

    Tirem as suas conclusões.

  5. Quanto mas desemprego é nesesidade o rico vira mas rico por que o governo no restringe.
    Um motorista de aplicativo que percorre por 10 a 12 horas uma média 180 km sem contar com risco é manutenção do carro .
    Com 180 km tirando o deslocamento de ir a buscar o pasageiro ele ganha 150 reais ele aí teve um gasto de combustível de 18 litros de gasolina a 4 reais vai um 65 reais a menos ele só consegue levar para casa 85 reais sem contar com outro problema como eventuais multas, troca de olheo.etc. 85% das corrida são corrida de 5.30 real aonde 1.5km é para buscar o pasageiro é 2.5 chegar no destino 30 corrida dessa natureza da 120km as corrida no é continua tem um intervalo de movimentos percorrido que no são considerados o carro tem desgaste é desvalorização. Então baixo e se entendimento que todo motorista de aplicativos estão sendo explorado como escravo. Um trabalhador que trabalha de segunda a sexta-feira tirando salário mínimo sem nehum investimento tá no lucro mas vantagem sem correr riscos.
    E por isso que falo quando mas pobreza exista em um país favorece ao rico ficar mas rico.
    Um cidadão dentre nesesidade serviço de motorista de aplicativos por que está endividado precicao. No é por que é rentável vando de exploradores .

  6. Valeu mesmo. Muito esclarecedor,Tendo em vista que sou motorista de app a 6 meses e não fazia ideia de como eram esses cálculos. PARABÉNS PELO POST

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