Design thinking: definição, etapas e frameworks para usar

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Para aqueles com o âmbito de empreender, criar soluções inovadoras ou com o desejo de aprender uma metodologia nova, o design thinking é o método ideal para incentivar e explorar a criatividade humana. 

Com a premissa de centralizar o ser humano, as etapas do design thinking são capazes de nos guiar num processo iterativo com resultados surpreendentes.

Sem mais delongas, vamos avançar para aprofundarmos no tema:

O que é Design Thinking?

O Design Thinking é uma estratégia de análise e compreensão que visa a busca por soluções inovadoras, tendo como o foco principal as pessoas reais. O propósito desta metodologia é, portanto, resolver problemas complexos ou trazer facilidades que possam impulsionar as atividades humanas de diferentes nichos, sejam eles sociais, econômicos, étnicos, dentre outros. Dessa forma, o design thinking não é exclusivo do design de produtos, produtos de software e demais soluções.

Dito isso, é importante que todo o procedimento seja feito com uma equipe multidisciplinar para que seja ampliado o leque de visões para as análises e a diversidade de propostas até que se chegue a uma inovação mais interessante.

A empatia é a principal habilidade a se destacar durante o design thinking, pois é de extrema importância ter essa sensibilidade para captar verdadeiramente o outro. 

Para isso, é imprescindível que os envolvidos no processo deixem de lado seus vieses, porque o que importa é o outro. Se o produto não atender verdadeiramente ao público e as suas necessidades, o resultado final estará fadado ao fracasso.

Diferença Design Thinking e UX Research

Ainda que as etapas entre a UX research e o design thinking possuam semelhanças, como discorreremos no próximo tópico, ambos são diferentes.

Enquanto o design thinking é voltado para a procura por oportunidades, a UX research é uma etapa que sucede o design thinking, oferecendo resultados de uma etapa de pesquisa que auxilia no desenvolvimento do mínimo produto viável, isto é, a oportunidade detectada pelo design thinking.

Portanto, o design thinking é um procedimento que possui uma maior visão de negócios, enquanto que a UX research é direcionada ao estudo aprofundado de um determinado nicho de usuários para entender a melhor forma de oferecer uma boa experiência para eles.

Diferença Design Thinking e UX Design

Podemos dizer que o design thinking é voltado para uma visão de negócios e empreendedorismo. É uma etapa voltada para um estudo de cenários e contextos a fim de encontrar uma oportunidade.

Em contrapartida, o UX design é voltado para o estudo da experiência do usuário a partir de um recorte bem definido que pode ser, inclusive, resultado de uma busca do design thinking. 

O produto final desenvolvido no UX design é resultado do design thinking e também da ux research. Logo, todas essas áreas são complementares.

Quais são as etapas do Design Thinking?

Importante ressaltarmos que o design thinking pode ser utilizado para resolver problemas internos das empresas bem como propostas externas à ela. Inclusive, os produtos desenvolvidos internamente são passíveis de serem disponibilizados para o público externo.

Dito isso, vamos avançar para entendermos como essa metodologia funciona:

Imersão

Como o próprio nome nos induz, é uma etapa para imergir numa realidade e num contexto. Geralmente, as equipes por trás do design thinking realizam uma análise SWOT para detectar as fortalezas, fraquezas, oportunidades e ameaças de suas empresas. A partir disso, identificar possíveis áreas de atuação.

Considere também fatores sociais, financeiros, étnicos, regionais, neurológicos, dentre outros, para que sejam analisados diversos fatores. Trago estes pontos pensando que existe uma diversidade de pessoas e necessidades, então jamais podemos considerar que uma solução atende a todos.

Portanto, a imersão é colocar em xeque tudo aquilo que se tem informação e realizar uma análise minuciosa com a finalidade de detectar oportunidades.

Ideação

Agora com as informações levantadas e análises concluídas, chega-se o momento de começar o brainstorming para chegarmos à hipóteses.

Diante de tudo que foi estudado, questionem-se: como podemos solucionar este problema em questão?

Esse é o momento de elaborar as ideias, documentá-las, pegar referências e estruturar as informações para ajudar na próxima etapa.

Prototipação

Os protótipos têm o objetivo de validação técnica ou conceitual, apenas com o objetivo demonstrativo, diferente dos MVPs. É neste momento que as equipes multidisciplinares criarão versões reduzidas para testar uma ideia, podendo ser eles maquetes, miniaturas, provas de conceito, dentre outros tipos de protótipos.

São a partir dos protótipos que visualizamos as fortalezas e deficiências das soluções elaboradas, avaliando se elas atendem ao objetivo proposto. Por isso, eles são utilizados para testes.

Se o protótipo falhar, é hora de criar um novo e seguir nessa etapa até alcançar melhores resultados.

Desenvolvimento

Com todos os feedbacks coletados, chega-se o momento de evoluir o protótipo para que ele se torne o produto final. Feito isso, podemos declarar as etapas finalizadas.

Frameworks para Design Thinking

Considerando que o design thinking é uma disciplina que já possui um tempo de existência, certamente existem templates, ferramentas e frameworks que possam nos apoiar durante o processo:

The double diamond

O duplo diamante é um diagrama utilizado para retratar as etapas do design thinking. Formado por dois quadrados com suas pontas para cima, eles facilitam a visualização iterativa do design thinking, instruindo aqueles que precisam e gostam de representações mais visuais do conceito.

Através deles são esquematizadas as convergências e divergências de pensamento ao longo do processo. 

Reprodução: 49 educação

Mapa da empatia

Mais uma vez, a empatia se mostra necessária para as etapas de design thinking. Por isso, o mapa da empatia se faz presente como uma importante ferramenta.

É através dele que centralizamos uma pessoa em específico ou um grupo de pessoas e respondemos as seguintes questões:

  • O que essa pessoa ou grupo pensa e sente? Princípios, aspirações, ideologias
  • O que essa pessoa ou grupo escuta? Quem elas aceitam conselhos, quem as influencia;
  • O que essa pessoa ou grupo vê? Suas percepções sobre os ambientes profissionais, o meio ambiente, os lugares que ocupa;
  • O que essa pessoa ou grupo fala e faz? Seus comportamentos rotineiros, o que a imaginamos fazendo e falando;
  • O que essa pessoa ou grupo tem de dores? Suas frustrações, necessidades e motivos para ansiedades;
  • O que essa pessoa ou grupo ganha? O que possui de vontades, desejos e sonhos.

A partir desse mapeamento, será muito mais fácil imergir no contexto do público e propor soluções.

Brainstorming

Essa é uma das etapas mais divertidas de serem feitas ao longo do design thinking. Como o nome já nos induz, este é um processo de chuva de ideias. Aqui, é importante evitar dizer “não” para as ideias para não limitarmos nossa criatividade.

É aqui que o pensamento criativo deve fluir, exprimindo o máximo de ideias que pudermos ter. Mesmo saindo ideias não tão boas, é importante tê-las para também saber por qual caminho não prosseguir.

Essa é apenas uma forma de execução, pois ainda existem outros métodos de brainstorming para fazer entre equipes.

Head, heart and hand

Essa é uma abordagem holística que integra elementos intelectuais, emocionais e práticos que auxiliam especialmente na etapa de imersão. Criado pelo AIGA (American Institutde of Graphic Arst), esse método centraliza em três pilares:

  • Heart: essa já é a representação do emocional, enfatizando a empatia, compaixão e centralização do ser humano. Este pilar é o mais importante para que consigamos ter a escuta ativa para ajudar a entender verdadeiramente as dores e necessidades do outro.
  • Head: aqui são integradas habilidades mentais para as atividades de pesquisa e análise, desenvolvendo a intelectualidade para apurar as tomadas de decisão;
  • Hand: essa já é a execução das ideias, articulando as habilidades com ferramentas, técnicas e materiais que instruam a alcançar as ideias mais efetivas que for possível.

Design Thinking e aplicativos mobile

O design thinking apoia os aplicativos mobile na hora de encontrar uma boa oportunidade e alavancar o pensamento empreendedor a partir da plataforma móvel.

Logo, o método traz os insights necessários para conseguir iniciar a criação de um aplicativo ou até mesmo o aprimoramento dele.

Afinal, o design thinking é uma metodologia iterativa, o que significa que ela não necessariamente tem um começo, meio e fim, pois as etapas podem se repetir e ela pode ser utilizada também para evoluir uma aplicação.

Dito isso, os aplicativos passam por evoluções que contribuem para a continuidade de seus roadmaps, isto é, funcionalidades e objetivos futuros que são fortemente influenciados pelos insights do design thinking. Portanto, ambos estão interligados.

Aprofundando conhecimentos de Design Thinking

O método de design thinking começou com Tim Brown, CEO e presidente da IDEO, empresa de inovação. Ele desenvolveu este método para impulsionar empreendimentos e, a partir disso, lançou seu livro “Design Thinking – Uma metodologia Poderosa Para Decretar o Fim Das Velhas Ideias”.

Para quem desejar aprofundar seus conhecimentos no método, recomendo fortemente a leitura! Até a data de publicação deste artigo, seu valor está R$80,42 na capa comum no site da Amazon. Já a versão para Kindle está disponível por R$72,10.

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