Sistemas e aplicativos legados: dicas para modernizar

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Num cenário no qual a tecnologia avança constantemente e com velocidade, as empresas e gestores de produtos se vêem num desafio de não permitir que seus sistemas e aplicativos se tornem obsoletos. Somente no Brasil, mais de 13 mil startups são SaaS (Software As a Service), empresas que estão refém do desafio de não se tornarem sistemas legados.

Quando falo sistemas, contemplo também aplicativos, pois, embora eles sejam mais recentes que os softwares desktop, por exemplo, também são sujeitos a se tornarem legados.

Afirmo isso com toda a certeza tendo em vista a experiência de fábrica de desenvolvimento da Usemobile, uma vez que ajudamos clientes com este desafio. Com isso, vem a pergunta: quais são suas características e como resolver este problema da obsolescência? Continue a leitura para debatermos o assunto.

O que são sistemas legados?

Os sistemas legados são softwares, aplicativos, infraestruturas e tecnologias desatualizados ou de difícil manutenibilidade. Eles foram atuais para a época a qual foram criados, porém não conseguem mais atender as demandas atuais ou possuem desafios quanto a manutenção, escalabilidade e integração com tecnologias contemporâneas.

Os motivos para os desafios de manutenibilidade se dão por diversos fatores, como a falta de documentação adequada, se perdendo conhecimentos e informações fundamentais sobre a aplicação. Em casos de cenários como esses, esses dados ficam concentrados na equipe responsável pelo desenvolvimento dos sistemas.

Se apenas poucas pessoas sabem lidar com o código, detendo todo o conhecimento do projeto, podemos considerar o projeto legado. Isso é, inclusive, um sinal de baixa qualidade de desenvolvimento, o que pode requerer numa refatoração.

Exemplos de sistemas legados

O Internet Explorer é um exemplo de sistema legado. O navegador foi lançado pela Microsoft em 1995, mesmo ano do Windows 95. Num dado momento da história, o Internet Explorer foi o navegador mais utilizado, representando 90% da navegação da web.

Apesar de já ter surfado num cenário de sucesso, a plataforma começou a perder espaço para a concorrência. O navegador do Google, Chrome, acabou por se tornar um dos principais navegadores, assim como Firefox e Opera. 

Uma vez que as tecnologias do Internet Explorer não atendiam e suportavam as tecnologias dos websites atuais, foi-se o momento da Microsoft agir para se adequar às tecnologias contemporâneas. Com isso, em 2020 a empresa de Bill Gates lançou o Microsoft Edge como substituto para competir mercado de navegadores.

Exemplos de aplicativos legados

Embora ainda exista atualmente, o Angry Birds pode ser considerado um aplicativo legado. Afinal, a versão original foi descontinuada, enquanto que a Rovio lançava demais versões do jogo mobile, como Angry Birds 2, Angry Birds Friends, Angry Birds Star Wars, dentre outros. 

Somente em 2021 foi anunciado um retorno do jogo, numa versão .

Uma nova versão foi lançada para atender a nostalgia do público do jogo de 2012, hoje disponibilizado para comprar na App Store.

Características de sistemas e aplicativos legados

Embora tenhamos exemplos de aplicativos e sistemas legados, faltam os motivos pelos quais podemos considerá-los dessa forma. Os motivos são variados, que podem flutuar entre decisões de negócio bem como tecnologia e relação com os usuários.

Falta de suporte

A falta de suporte neste caso não é se tratando de uma equipe que irá atender o usuário, como o caso de quando acontece algum problema no aplicativo ou sistema. E sim suporte tecnológico, quando a empresa responsável pelo sistema deixa de dar a manutenção.

Sistemas descontinuados são nossos exemplos para isso. O Google Optimize serve como uma amostra deste caso, uma vez que a empresa da Alphabet optou por desativar a ferramenta de testes, o que significa pausa na manutenção e suporte.

Sistemas operacionais também podem ser mencionados. Podemos considerar celulares obsoletos, por exemplo, quando o Google ou Apple anunciam que não oferecerão suporte a algumas versões de seus OS.

Tecnologias antigas

Esse já é o caso do uso de uma tecnologia que passou a ser descontinuada ou substituída. Este é o caso do AngulasJS, o qual apresentava problemas de arquitetura e performance, o que culminou pela preferência dos desenvolvedores por outros frameworks front-end.

Podemos citar como exemplo também aplicativos nativos desenvolvidos com Java e Objective-C. Uma vez que a Apple anunciou a preferência pelo Swift como linguagem de programação; o Android, o Kotlin, fica o alerta para que os aplicativos desenvolvidos em Java e Objective-C se tornariam obsoletos eventualmente.

Centralização da informação

Em casos de tecnologias que ficam restritas somente a poucas pessoas, assim como as informações acerca do produto, a empresa se vê refém de um provável caso de obsolescência.

Este é um problema resolvido com a documentação adequada do sistema e do aplicativo, permitindo que outras pessoas acessem informações pertinentes para a manutenção e continuidade do desenvolvimento.

Experiência do usuário desatualizada

A cada atualização de sistema operacional, novas funcionalidades e interações são acopladas à experiência do usuário.

Se compararmos como era o Android 9 com sua versão 13, é notória a diferença na interface. Isso implica que as formas de interação do usuário com a plataforma mudou, tornando-se mais moderna.

Essa é uma expectativa que os sistemas devem atender para oferecer uma melhor experiência. Afinal, as atualizações existem para melhorias, por isso, acompanhá-las é relevante para as aplicações.

Integrações difíceis

Quando o código torna difícil a integração de APIs de outros sistemas, podemos assumir que estamos lidando com um aplicativo ou plataforma legada. Quando não se trata de um código mal escrito, os sistemas legados terão arquiteturas e protocolos diferentes, impossibilitando a comunicação entre os endpoints.

Baixa manutenibilidade

Quando falamos de manutenção de softwares e aplicativos, não falamos necessariamente da correção de bugs. Estar com a manutenção em dia significa também que o roadmap do produto está rodando para que sejam ofertadas melhores funcionalidades ou a modernização daquelas existentes. Dentre tantas vantagens na manutenção, atender melhor aos usuários é um dos principais pontos a se levantar.

Por isso, podemos assumir que um aplicativo é legado quando ele é difícil de dar a manutenção.

Como modernizar sistemas legados?

Entendidos os cenários, chega o momento de pensarmos nas soluções para modernizar nossos sistemas legados.

Identifique e analise os problemas

É importante diagnosticar os motivos pelos quais qualificam seu sistema como legado. Pode acontecer dos motivos serem mais de um. Por isso, identifique e analise para saber pontualmente onde agir para resolver o problema.

Se for uma tecnologia desatualizada, é possível atualizá-la? Se sim, como? Se não, o que fazer a partir disso? Esses são exemplos de perguntas a se fazer durante a fase de diagnóstico.

Refatoração

Se for o caso de código mal escrito e que precisa de uma melhoria na arquitetura, a refatoração de código será o aliado. Neste processo, os desenvolvedores também farão uma análise detalhada para entender o que pode ser otimizado no código. 

A refatoração é um processo que não se restringe somente ao caso de sistemas legados, cabendo também em situações nas quais o código pode ser melhor escrito, adotando práticas de clean code, por exemplo.

Redesign

Uma vez percebida que a experiência do usuário está comprometida, ou que ela pode se modernizar, o redesign é uma boa opção. Essa é uma oportunidade de mudar todo o front-end, modernizando o código e tecnologias utilizadas.

Migração de dados

Os bancos de dados são imprescindíveis para as aplicações. O back-end deve dar a devida importância, pois as informações guardadas refletem diretamente no negócio, como o armazenamento de informações sobre clientes, transações, dentre outros. Por isso, a migração de banco de dados é uma forma de modernização, pois garante uma melhor preservação das informações.

Realizar manutenção contínua

Como já abordado aqui, a manutenção é importante para evitar que aplicativos se tornem obsoletos. É a partir da manutenção que, aos poucos, o código e as tecnologias podem se modernizar, de forma que impeça a criação de um legado e garanta qualidade para o usuário final.

Lidar com sistemas e aplicativos legados é um desafio, pois pode ser trabalhoso e despender de um tempo que poderia ser melhor aproveitado com prioridades do produto. Neste caso, a terceirização da manutenção com uma equipe qualificada resolve este problema.

Se você estiver enfrentando desafios com aplicativos legados, entre em contato com a gente para que possamos te ajudar! Nos conte suas dores no formulário abaixo:

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