5G – O que a nova geração de internet móvel promete pra próxima década?

Tags:    

Receba atualizações semanais no e-mail

Nos últimos anos passaram a existir diversos programas de desenvolvimento para uma nova geração de internet sem fio. A partir daí, gigantes da tecnologia de hardware e software começaram a competir para construir e aprimorar a tecnologia de rede sem fio 5G. 

Esse aperfeiçoamento do uso dos espectros de rádio irá permitir velocidades de conexão 100 vezes maior em relação a geração anterior, e isso mudará muita coisa!

Nesse post vamos entender o que essa tecnologia poderá nos proporcionar, desde novas tendências de transformação digital até mesmo as polêmicas que têm girado em torno do assunto.

O que é o 5G?

A rede 5G nada mais é do que uma nova geração de internet móvel inaugurada pela Coreia do Sul no primeiro semestre de 2019. Ela promete ser mais rápida que as gerações anteriores, porém a princípio irá funcionar em conjunto com as redes de 4G antes de evoluir para uma rede completamente independente.

Vantagens do 5G

Menor latência

As redes 5G possuem menor latência, que é o tempo de resposta gasto entre os dispositivos pela rede sem fio. As redes 3G tiveram um tempo de resposta típico de 100 milissegundos; já as 4G em torno de 30 milissegundos e 5G será ainda menor:1 milissegundo. Isso é praticamente instantâneo, abrindo um novo mundo para dispositivos conectados.

100 vezes mais rápida que o 4G

Para muitas pessoas, esse upgrade de velocidade do 5G pode até parecer um exagero, visto que a geração anterior se mostra rápida o suficiente para navegar na internet, fazer uploads e downloads, jogar games e até mesmo para se fazer transmissões onlines. Entretanto, a 4G não é suficiente para a transformação digital, e quando se pensa em uma conexão tão mais rápida, percebe-se o potencial dessa tecnologia em ser base para diversas aplicações.

Com o 5G será possível um processamento em nuvem muito maior e praticamente instantâneo, diminuindo ou mesmo eliminando a necessidade de dados armazenados. Logo, o 5G será excelente para os consumidores de streamings, pois será capaz de carregar vídeos de resolução 4K sem travar.

Assim, o 5G tende a se tornar uma infra-estrutura de suporte para uma variedade de aplicações e processos futuristas, como maior capacidade de transmissão de sensores, proporcionado por essa maior capacidade de processamento na nuvem, que auxiliarão no desenvolvimento de carros e drones autônomos, por exemplo.

Viabiliza a Internet das Coisas (IoT)

O aumento do desempenho da rede irá permitir que dispositivos transportem dados com muito mais velocidade, confiabilidade e em grande escala. Então, essa rede robusta também mudará a maneira a qual os dispositivos IoT abordam o processamento e armazenamento de dados, propiciando ainda mais a transformação digital.

Os dispositivos IoT de hoje ainda são muito dependentes da capacidade de computação integrada e dos dados armazenados. Isso se dá porque, mesmo que a 4G já apresente uma boa performance, as redes atuais ainda não são capazes de fornecer o processamento imediato e as larguras de banda necessárias para o desempenho ideal dos aplicativos.

No entanto, no futuro os dispositivos não precisarão se comunicar apenas com um servidor baseado em nuvem, mas também poderão se comunicar com milhares de outros dispositivos entre si e em tempo real.

Veja também: A revolução da indústria 4.0 e a internet das coisas

Essa mudança irá viabilizar a diversidade de dispositivos IoT uma vez que os sensores e dispositivos de rede serão cada vez mais fáceis de implementar e utilizar, permitindo inseri-los em quaisquer aparelhos. Dessa forma, a tendência é que os custos de produção e de aquisição destes dispositivos seja menor com o passar do tempo, democratizando-os e inserindo-os cada vez mais na sociedade. Considerando isso, é fácil entender porque a Gartner estima que em 2020 haverá 20 bilhões de dispositivos conectados à internet no mundo.

Cobertura de sinal

A cobertura do sinal 5G é diferente das gerações anteriores. Uma vez que a rede 5G usa frequências mais altas, com um alcance menor, será necessária a instalação de um maior número de torres para sustentar o sinal da rede.

Entretanto, como as “torres” do 5G, são estruturas menores, elas podem ser colocadas em edifícios e postes. Outro ponto é que o sinal do 5G irá beneficiar as baterias dos dispositivos móveis, com a expectativa de reduzir cerca de 90% do consumo energético em comparação com a geração anterior.

2020 será o ano para lançamento de dispositivos com 5G

Diversas fabricantes de dispositivos móveis anunciaram seus planos para o desenvolvimento de aparelhos com rede 5G, como a finlandesa Nokia, a americana Motorola, as coreanas LG e Samsung, além das chinesas Huawei, ZTE, Oppo e Xiaomi. Algumas dessas empresas até já possuem alguns modelos disponíveis no mercado. Logo, a tendência é que cada vez existam mais opções, aumentando, assim, a competição.

A Xiaomi, por exemplo, já conta com alguns modelos de smartphones que comportam a tecnologia, o Mi 9 Pro, Mi Mix 3 e Alpha. Indo à fundo na nova geração de internet, a fabricante anunciou no fim de 2019 que planeja lançar ao menos 10 smartphones compatíveis com redes 5G em 2020 com o intuito de atender todos os bolsos. 

Já as coreanas Samsung e LG também estão produtivas com os seus smartphones com a tecnologia 5G, visto a força do seu mercado interno, sendo que a primeira confirmou no fim de 2019 que o seu tablet Galaxy Tab S6 possuirá um modelo derivado com conectividade 5G.

Numa outra parte do oriente, a chinesa Huawei tem investido pesado na tecnologia, porém não somente com os smartphones, como veremos no tópico a seguir.

5G fomenta desenvolvimento de ainfraestrutura mundial

Os próximos anos serão de massivo investimento em infraestrutura de suporte à tecnologia. Nessa perspectiva, os Estados Unidos já se adiantou e formou uma estrutura e experimentam a quinta geração de internet móvel, porém nada perto dos chineses e coreanos. Em junho de 2019, a China saiu da fase de pré-lançamento e aprovou o uso comercial da tecnologia e instalou 126 mil estações 5G em todo o país, impulsionando a infraestrutura chinesa com o objetivo de levar o sinal para todas as cidades da região.

A empresa chinesa Huawei é a principal detentora da infraestrutura de redes de telefonia móvel no seu país, além de ser se mostrar extremamente ativa para iniciar outros países na tecnologia. A companhia é responsável por dois terços das antenas 5G fora do seu país, atingindo mercados de países como Coreia do Sul, Espanha, Finlândia, Reino Unido, Suécia e outros, contando com mais de 50 contratos para fornecimento de tecnologia e equipamentos para 5G — inclusive o Brasil.

O leilão brasileiro do 5G estava previsto para acontecer ainda no primeiro trimestre do ano de 2020, porém as principais empresas de telecomunicações do Brasil recuaram e disseram preferir uma introdução mais lenta com a justificativa pautada pelo uso do 5G e principalmente em relação ao espectro do retorno financeiro. Recentemente a Anatel adiou o leilão para o ano de 2021.

Entretanto, mesmo com toda essa cautela, companhias que já atuam no mercado interno brasileiro iniciaram alguns processos de testes, como a Tim, que instalou uma antena da Huawei para testes 5G em Florianópolis.

Mesmo assim, a tendência para os próximos anos são inúmeros investimentos ao redor do mundo para instalação dessa nova geração de internet móvel, gerando conflitos de interesses internacionais, conforme veremos abaixo.

Guerra comercial EUA x China

O 5G tem fomentado conflitos na guerra comercial entre as principais potências mundiais: os Estados Unidos e a China. Como o desenvolvimento da nova geração de internet está à todo vapor no oriente, o desenvolvimento tecnológico dos Estados Unidos fica ameaçado. Assim, sob alegação de espionagem, o país americano baniu a empresa chinesa Huawei do território ianque.

A acusação dos EUA fez com que o Google, dentre outras organizações americanas, se afastasse da Huawei. Um dos produtos da empresa oriental são os smartphones e, em função do banimento, os celulares chineses não podem mais usar recursos do Google como o Gmail. O governo chinês nega as afirmações e enxerga a situação como boicote dos americanos à Huawei.

É difícil dizer quem está certo em toda essa história. O fato é que a entrada da empresa chinesa em mercados como o europeu e sul americano não se trata apenas de uma decisão comercial, mas se tornou principalmente um assunto político. A Rússia, por exemplo, permitiu que a Huawei abrisse em Moscou sua primeira zona de testes 5G em abril de 2019, juntamente com o grupo de telecomunicações russo, o MTS.

Além disso, o Reino Unido e a Alemanha indicaram que também permitem a entrada da multinacional chinesa em seus territórios, entretanto pressões políticas fizeram com que o processo fosse tratado de forma muito mais lenta e cautelosa.

O que esperar nos próximos 10 anos?

Embora 2019 tenha sido o começo simbólico da era 5G, coberto de novas descobertas e polêmicas, 2020 terá os primeiros movimentos da revolução dos serviços e da mídia 5G.

Assim, novas tendências e grandes mudanças tecnológicas serão promovidas por essa geração de internet sem fio, criando novos padrões e impulsionar a transformação digital, fazendo com que a próxima década traga mudanças que hoje são quase inimagináveis.

Ademais, ela garante a disputa entre as principais empresas de telecomunicações e governos do mundo.

O que você acha sobre o assunto? Conta pra gente nos comentários suas expectativas com o 5G!

Tópicos

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posts relacionados

Estamos contratando, venha conferir nossas vagas