No mês passado, falamos sobre o Design Sprint, técnica criada pela Google Ventures, que possibilita fazer o processo encurtado de um projeto em apenas 40 horas. Hoje, nós apresentaremos a atualização desse processo: o Design Sprint 2.0. Confira as principais melhorias que o processo recebeu, e porque adotá-lo em sua empresa.
A diferença entre os dois processos está, basicamente, no período em que é feito. Enquanto na primeira versão, criada por Jake Knapp, o protótipo era realizado e testado em 5 dias, no 2.0, ele é feito em 4. Essa diferença, apesar de parecer pequena, representa uma otimização significativa dos projetos, quando pensada em grande escala.
Como funciona o Design Sprint 2.0?
A nova versão foi criada pela AJ&Smart, agência alemã que utiliza o processo há algum tempo e conseguiu refiná-lo. Segundo a empresa, uma das maiores diferenças entre o Design Sprint original e o Design Sprint 2.0 é que o segundo é otimizado para funcionar não apenas em startups, mas também em grandes organizações, que não têm tempo para dedicar uma semana inteira ao processo de experimento.
São duas as principais diferenças entre o Design Sprint original e o aperfeiçoado. Confira quais são elas:
Mudança de 5 para 4 dias no processo de Sprint
Ou seja, ao invés de 40 horas, o protótipo será realizado e testado em apenas 32. Isso porque, depois de mais de 200 design sprints realizados, a agência percebeu que existem inúmeros truques que podem tornar o processo mais eficiente. Dessa forma, com algumas modificações, alterações na ordem para tornar o fluxo mais lógico e redução dos passos, surgiu o Design Sprint 2.0. Além disso, eles também adicionaram algumas coisas, apenas para encurtar o tempo do processo.
O time completo envolvido no projeto só precisa estar presente nos primeiros dois dias
Depois disso, apenas os designers dão conta do resto. Essa mudança é essencial, já que, em grandes empresas, não é possível mobilizar um grande número de pessoas para ficar por conta do projeto. Principalmente em se tratando do alto escalão da empresa, quanto menos eles estiverem, melhor. Porque, convenhamos, nem todos podem se dar ao luxo de se dedicar inteiramente a apenas um projeto por vez.
As duas mudanças fazem com que o Design Sprint 2.0 se torne mais atrativo aos olhos de qualquer empresa, certo? Agora, vamos ver como funciona o passo a passo dessa versão melhorada.
Comparativo
Como era antes: basicamente, na segunda-feira, você mapeava. Na terça, você esboçava. Na quarta-feira, você filtrava. Na quinta, era dia de prototipar. E, finalmente, na sexta-feira, você testava. Com esse processo, em 5 dias você tinha o protótipo do produto pronto e testado. O novo método é um pouco diferente, e atende a todas as demandas em 4 dias.
Dia 1: Segunda-feira
De manhã, você definirá o desafio. Ao contrário do Design Sprint original, aqui começaremos com as entrevistas dos especialistas e as perguntas “como podemos”. Embora não seja o que a técnica recomenda, isso ajuda a mergulhar fundo no problema e fazer perguntas melhores. Com esse conhecimento, passamos a definir a meta de longo prazo e a capturar as perguntas da Sprint. Fazendo dessa maneira, a progressão parece mais natural. Além disso, o que aprendemos nas entrevistas muitas vezes alimenta a meta do sprint. Assim, são gastos 45 minutos criando um mapa, o que é fácil, dado o início. Você não precisa de mais tempo para criar um mapa que seja bom o suficiente. Então, você escolhe uma área alvo no mapa, e é isso! A parte de mapear o problema chegou ao fim!
À tarde, é hora das soluções para o problema. Depois que você souber tudo que vale a pena conhecer sobre o problema, é hora de pensar em possíveis soluções. Basicamente, o que antes era feito na terça-feira, no 2.0 será feito na tarde de segunda. Assim, gasta-se menos tempo procurando soluções inspiradoras para o problema, e concentra-se nas viáveis. Nesse dia, são definidas as ideias destaque.
Dia 2: Terça-feira
Na terça de manhã, é dia de agrupar as ideias das pessoas em possíveis caminhos para chegar ao protótipo do produto/serviço. Esses agrupamentos são então destacados nas apresentações da solução, e é escolhida uma ideia vencedora, em que os envolvidos selecionam um ou dois conceitos que desejam criar.
À tarde, é o momento de criar o storyboard. Aqui, é adicionado um novo exercício que torna o processo de storyboard muito mais fácil. Chama-se User Test Flow, e é uma forma de exercício de nota e votação. Todos projetam o esqueleto de seu próprio storyboard e depois votamos em um ou dois, que acabam se tornando protótipos. Mesmo que seja um passo extra, ele acelera o processo de storyboard, já que, depois da votação, o storyboard já estará pronto.
Também há outro diferencial importantíssimo em relação à antiga técnica. No Design Sprint 2.0, depois da terça-feira, não é mais necessário que toda equipe se mobilize em prol do projeto. Os designers criarão e testarão os protótipos, enquanto o resto do time de especialistas poderá voltar para suas tarefas.
Dia 3 e 4: Quarta e quinta-feira
O terceiro dia é o de prototipagem e, o quarto, de testes. A única diferença desses processos em relação ao Design Sprint original é que ele está adiantado. O que antes era quinta, passou para a quarta, assim como os testes, que antes eram feitos na sexta, mudaram para a quinta. Dessa forma, na sexta-feira, não há mais nada a ser feito!
Como podemos perceber, o Design Sprint 2.0 é ótimo para fazermos os testes de prototipagem. E aí, já utilizou essa técnica? Qual você prefere, o original ou o 2.0? Comente aqui e conte para nós!