Os principais erros cometidos pela Uber

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O Uber é o aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado do mundo. A empresa opera em mais de 100 municípios no Brasil e em 60 países no mundo. Mas, apesar de seu gigantesco alcance, a companhia esteve envolvida em diversas polêmicas em seus 10 anos de operação.

O Estado de Minas divulgou um estudo que mostra porque a qualidade do serviço da Uber despencou. Resolvemos aprofundar nesse assunto e levantamos outros erros cometido pela Uber que não foram abordados no estudo.

O resultado é surpreendente!

Embora seja o principal player do mercado, existe uma lacuna no mercado que a própria Uber está criando, e a explicação é simples:

Foram disruptivos e criaram a demanda e agora não estão suprindo!

1 – Falta de antecedentes criminais e treinamento dos motoristas

Como todo negócio que cresce de forma escalar, um grande desafio é crescer mantendo a mesma qualidade. E esse foi um dos primeiros erros cometidos pela Uber em diversas cidades do mundo.

Em setembro do ano passado, a Uber foi banida de operar em Londres, não tendo sua licença renovada.

Segundo o órgão regulador de transportes da capital britânica, a Uber  está inapta para administrar um serviço de táxi e decidiu não renovar sua licença, citando a abordagem da empresa para reportar várias ofensas criminais e verificação de antecedentes de motoristas.

2 – Erro de cálculo das porcentagens de pagamentos

Em maio do ano passado, a Uber foi acusada de pagar porcentagens menores aos motoristas que atuavam em Nova Iorque. O caso abalou a relação entre motoristas e a empresa, causando um mal estar durante algum tempo.

Em resumo, o problema ocorreu porque a taxa aplicada em Nova Iorque era de 25% para viagens de UberX. Entretanto, um de seus termos de serviço afirmava que o cálculo das comissões era baseado em sua tarifa líquida – ou seja, o valor pago pelo passageiro menos outras taxas de venda.

Como resultado, a Uber ganhava em torno de 2,6% a mais do que deveria de seus condutores nova-iorquinos. A empresa se manifestou afirmando que devolveria os valores a seus motoristas da cidade. Junto disso, a empresa prometeu incluir juros anuais de 9%.

3 – Má gestão, fundador envolvido em uma série de polêmicas

O fundador e primeiro CEO da Uber, Travis Kalanick, chegou a ser afastado por causa de acusações de adoção de políticas negativas em sua gestão de recursos humanos e práticas machistas. A situação se agravou em fevereiro quando a engenheira Susan Fowler, ex-funcionária da companhia, denunciou um caso de assédio sexual causado por Kalanick.

Para complementar, o então CEO e usuário do serviço, se envolveu em uma discussão com um motorista da UberBlack. O motorista de uma das viagens realizadas por Travis, sabendo do passageiro que estava carregando aproveitou para reivindicar os valores e taxas cobrados. A reivindicação virou uma briga, que filmada, viralizou rapidamente na internet.

4 – Desonestidade: Google vs Uber

Por essa, muitos não esperavam! Mas a Uber tem praticado concorrência desleal, em áreas que até mesmo não atua. A Alphabet, dona da Google, está processando a Uber por roubo de segredos corporativos, alegando que um de seus principais engenheiros do carro autônomo acessou milhares de arquivos confidenciais e vendeu essas informações para a Uber.

5 – Desonestidade: Apple vs Uber

Recentemente mais um dos erros cometidos pela Uber deu o que falar. Dessa vez, foi com a Apple:

Segundo o New York Times o que o Uber tentou fazer foi implementar uma maneira de identificar individualmente cada iPhone, para descobrir se o aparelho tinha o aplicativo instalado, e até mesmo se ele já tinha sido apagado anteriormente dele. Era quase uma impressão digital para identificar indivíduos, algo que a Apple proíbe há tempos para proteger a privacidade dos usuários.”

Sabendo que o sistema de avaliação de aplicativos da Apple não aprovaria esse recurso, eles resolveram dar um “jeitinho”: implementaram um código que criava uma “cerca geográfica“, possibilitando com que a nova funcionalidade ficasse escondida quando o aplicativo fosse usado na área próxima ao campus da Apple, onde os apps eram analisados e aprovados. Com isso (na teoria), a Apple nunca saberia que o aplicativo rastreava os usuários.

Em uma das várias avaliações que a Apple realiza, esse teste foi realizado fora do campus principal, e a função foi rapidamente identificada. O caso deu o que falar e o CEO da Uber foi convidado para bater um papo com Tim Cook (CEO da Apple) e por pouco o aplicativo não foi banido da AppStore.

6 – Sucateamento da frota

Dos problemas listados, talvez seja previsível, porém de fácil solução. É comum ver na lista de reclamações dos usuários mais frequentes que a frota de carros da Uber está sucateada. O padrão de qualidade adotado no inicio não foi mantido e os carros estão deixando cada vez mais a desejar.

Manter uma vistoria regular e limitar alguns modelos e anos de carro seria uma atitude esperada, para evitar, ao menos, problemas como estes.

7 – Uber Pool: benefício para quem?

A ideia do Uber Pool no papel é fantástica. Na prática ela é abominada por motoristas e passageiros. Assim que foi lançada no Brasil, a modalidade Uber Pool foi rapidamente aderida por diversos usuários que queriam experimentar um meio de transporte ainda mais barato, acontece que a insatisfação rapidamente tomou o lugar da curiosidade. Para os motoristas, o modelo de tarifas aplicados na categoria Pool chega a ser desleal.

O motorista recebe o preço cheio apenas do primeiro passageiro do trajeto, os demais que “entram no meio da corrida” rendem ao motorista uma pequena quantia, que não justifica o estresse e atenção necessária para gerenciar o aplicativo, dirigir, preocupar-se com o trânsito e claro o embarque e desembarque constante.

Pro passageiro, não é diferente. Você “entrar” numa corrida e não ter uma estimativa de tempo que ela pode levar, torna a corrida uma roleta russa que pode lhe custar muito barato ou muito caro.

Tenho conhecidos que optam pelo Pool, em situações que não possuem hora para chegar no destino e o objetivo é: Fazer networking e economizar uma grana.

Há relatos inclusive, de pessoas que foram assaltadas dentro do Uber Pool.

Será que manter a categoria Pool é mais um dos erros cometidos pela Uber?

8 – Uber adota campanha sexista

Recentemente a Uber esteve ligada a uma polêmica ligada ao machismo – a empresa já possui um histórico de tratamentos machistas internamente e em algumas de suas propagandas. Em um desses casos, a Uber fez uma campanha em Lyon, na França, um promoção para juntar os usuários do aplicativo com “motoristas gostosas”. Após a repercussão negativa, a empresa suspendeu imediatamente a propagando do seus canais de comunicação.

Além disso, a Uber Eats também lançou uma promoção no dia das esposas, desta vez na Índia, que convidava as mulheres a se afastarem do fogão. A propaganda, reforçava que o lugar ideal da mulher é na cozinha, logicamente este anúncio não foi bem aceito pelos usuários.

E agora?

Fica muito claro, que o modelo de economia compartilhada proposto pela Uber é algo altamente rentável e com uma base de usuários inesgotável. Embora tenhamos outros player concorrentes (99, Cabify, Lyft) o mercado não está suprido e em muitas cidades não há nenhuma dessas alternativas, o que proporciona a oportunidade de surgirem outros modelos de negócios similares.

Ficou impressionado com a quantidade de erros cometidos pela Uber?

Está cogitando desenvolver um aplicativo semelhante?

Confira esse post que aprofundamos nesse assunto

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3 respostas

  1. Outro erro do Uber é referente à vingança dos motoristas quando são mal avaliados.
    Fiz uma viagem com um motorista grosso, mal educado, sem noção de onde estava e para onde ia.
    Recusou minha indicação do caminho correto e permaneceu de cara fechada por todo o trajeto.
    Ao final, o avaliei com uma única estrela e a reação foi imediata.
    Acusou-me de racismo ao aplicativo como vingança e minha conta foi bloqueada porque fui considerado racista, mas não sou branco. Sou mestiço. Então quem foi o racista?
    A Uber não ouve o meu lado da história e ouve apenas ao motorista, em um flagrante desrespeito ao consumidor, se valendo do “politicamente correto”, quando incorreto em todos os aspectos foi o motorista.
    Uma vergonha

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