A importância dos deliverys na crise do coronavírus

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Com a crise de saúde causada pelo novo coronavírus (Covid-19) no fim de 2019, na província de Hubei na China, os aplicativos de delivery passaram a ganhar ainda mais destaque.

Esse crescimento dos serviços de entrega já era uma tendência, fomentando novos modelos de negócios e apresentando crescimento ano após ano. Para termos uma ideia, segundo a IFB (Instituto de Foodservice Brasil), entre 2017 e 2018, o serviço de delivery no nosso país aumentou 23%; no ano seguinte, 20%. Enquanto isso, as previsões da ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) era de um crescimento parecido para 2020.

Como uma das principais recomendações para o controle da pandemia tem sido evitar o fluxo nas ruas com o objetivo de diminuir a aglomeração das pessoas, os serviços de delivery tiveram um aumento ainda mais significativo e um papel importante nesta grave crise humanitária. Vamos ver alguns dos impactos econômicos causados pelo Covid-19 e qual o papel dos aplicativos de delivery nesse cenário.

As consequências econômicas do isolamento social

Com o fechamento de fronteiras e cancelamentos de viagens, a aviação comercial foi um dos segmentos que tiveram grande impacto negativo logo no início da crise. A empresa britânica Flybe, que era a maior companhia aérea regional da europa, declarou falência escancarando o problema para o setor.

Assim, com esse cenário quase apocalíptico, gigantes do setor como a KLM, Air France, Qatar, American Airlines, British, Air China, Azul, entre outras tantas, foram obrigadas a tomarem medidas como suspensão de voos, corte de empregos temporários e cortes de licenças não remuneradas de pilotos.

Por outro lado, a busca pelo fretamento de jatos executivos cresceu 69% somente com a Flapper, aplicativo tipo Uber aéreo. A empresa do app garante que há menos riscos de contágio da doença com seus vôos particulares do que os comerciais. “Se há até 600 pontos de contato expondo os passageiros ao risco de contágio em um único voo comercial, existem apenas 20 interações desse tipo quando se voa em particular”, diz o CEO, Paul Malicki.

Além disso, diversas empresas de outros segmentos têm seguido as recomendações de isolamento social, adotando o home office como medida preventiva. Entretanto, para algumas firmas é impossível operar sem funcionários presentes fisicamente. Dessa forma o nível de produção de alguns setores devem ser fortemente prejudicados, com algumas fábricas sendo parcialmente ou totalmente paralisadas, impactando de maneira negativa em todo o fluxo econômico delas.

Veja também: Dicas para se manter produtivo no home office

Por outro lado, o isolamento social traz um cenário propício para os serviços de delivery, como veremos à seguir.

O Aumento na demanda por serviços de delivery

O medo pela contaminação, e as recomendações feitas pelos governos, fez com que o movimento em shoppings, bares e restaurantes em todo mundo tenha caído drasticamente, fazendo com que os serviços de delivery estejam no fluxo contrário. Dessa forma, alguns setores estão vivendo o processo inverso, vendo a demanda por seus serviços e produtos crescerem significamente.

Por exemplo, a colombiana Rappi, que opera em mais de 60 cidades brasileiras, informou que sua demanda para entregas de supermercados, restaurantes e farmácias no Brasil triplicaram. Já o Ifood e a Uber Eats — que é a divisão de entregas da Uber — informaram que no momento é difícil dimensionar o impacto da pandemia nas operações no país e preferiram não fornecer dados sobre o volume de pedidos até então.

Saiba mais: Como fazer um aplicativo tipo Rappi

Na Europa, um dos lugares mais afetados pela crise do vírus, a Take-Away — maior serviço online de entrega de comidas no continente — informou um crescimento no número de restaurantes que se cadastraram em sua plataforma depois das ordens de quarentena e lockdown em diversos países da região. 

O importante papel do setor de entregas

No dia 19 de março, em meio às incertezas sobre as consequências da pandemia, o Ifood apresentou uma série de medidas visando apoiar os estabelecimentos brasileiros cadastrados em sua plataforma, medidas essas que entrarão em vigor a partir do dia 2 de abril.

Assim, a empresa promete que criará um fundo de assistência no valor de 50 milhões de reais para pequenos restaurantes, visando aumentar o lucro por pedido das lojas. Já nos Estados Unidos, gigantes do setor de entregas como GrubHub, Postmates e Uber Eats, suspenderam as taxas de entrega de pequenos restaurantes

Já a Uber prometeu pagar motoristas e entregadores que estejam infectados com a doença. A empresa disse que irá monitorar profissionais e usuários que estejam em contato com pessoas doentes, informando que disponibilizará os dados para as autoridades responsáveis poderem consultar.

Todas essas ações se mostram fundamentais em relação ao apelo social que se tem em incentivar pequenos negócios e entregadores, visto as mudanças de demanda que existirão nesse momento de insegurança para diversas áreas da economia.

O que esperar dos aplicativos de delivery?

O delivery apresenta crescimento anual da participação de empresas do modelo físico, uma diminuição gradativa das taxas cobradas e um aumento pouco a pouco da cultura móvel se consolidando na sociedade, de acordo com os dados levantados até 2019. Com isso, prevê-se que esse novo mercado está apenas no início. 

Por exemplo, há o surgimento de um novo segmento do mercado que são as chamadas Dark Kitchens, que é um espaço exclusivo para entregas. Dessa forma, existem vantagens como menores gastos com aluguel de espaços, sem necessidade de fachadas e menor mão de obra. Segundo uma pesquisa da ABRASEL, esse tipo de negócio tem aumentado o faturamento de algumas lojas em até 50%.

Assim, a tendência para os próximos anos é que os serviços de delivery façam parte cada vez mais parte da nossa cultura. Todo o cenário de crise que surgiu junto do Covid-19 apenas ressalta a importância e relevância desse tipo de serviço na nossa sociedade. Entenda mais sobre a crise do coronavírus lendo sobre os impactos da pandemia nos aplicativos

E você? Tem contribuído para o aumento dos aplicativos de delivery? Conte para a gente quais apps você usa e como eles tem te ajudado durante o isolamento social.

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